Moderna consegue liberação para acelerar testes de vacina contra Câncer de Pele

A expectativa dos cientistas é que, após o fim desses testes, seja possível iniciar experimentos em outros tipos de câncer.

Os últimos anos foram marcados pela evolução em tecnologias de cobertura vacinal em todo o mundo, tendo a vacina contra a Covid-19 como pioneira nesse movimento. Agora, outra vacina parece estar muito perto de chegar. Isso porque o laboratório Moderna conseguiu a autorização para acelerar os testes de vacina contra câncer de pele.

Vacina se mostra mais eficaz que medicamentos

Em dezembro de 2022, a Moderna publicou um estudo em que mostra que o uso da vacina contra o câncer de pele conseguiu reduzir em 44% o risco da doença voltar após cirurgia. Essa porcentagem, inclusive, é em comparação ao remédio mais comum no tratamento da doença. Logo, a vacina é muito mais eficaz do que temos disponível hoje.

Assim, foi possível conseguir uma autorização da agência Food and Drug Administration, FDA, que é a agência reguladora dos Estados Unidos equivalente à nossa Anvisa. Vale mencionar que essa autorização vem com uma classificação especial do FDA para medicamentos experimentais mais eficazes que os disponíveis.

Desse modo, os cientistas poderão seguir com a aplicação de novos testes e partir para a fase 3 de experimentação da vacina ainda neste ano. Ademais, o objetivo do laboratório é começar a experimentar testes em outros tipos de câncer após concluir esse estudo. Por exemplo, já se pensa em testes para câncer de pulmão com células não pequenas.

Mais detalhes sobre a vacina contra Câncer de Pele

A tecnologia que a Moderna utiliza para a prevenção do câncer de pele é a mesma utilizada nas vacinas contra a Covid-19, que é a mRNA. Além disso, os cientistas combinam esse método com o medicamento Keytruda, da Merck, que é justamente o remédio disponível no mercado contra esse tipo de câncer.

No caso, a vacina irá fornecer ao sistema imunológico aquilo que os cientistas chamam de chaves da assinatura do DNA dos tumores. Então, a expectativa é que as células T consigam combater o retorno do câncer em uma eventual reaparição dos tumores. Além disso, há o reforço do Keytruda no combate à possíveis células cancerígenas existentes.

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