Mulheres foram as que mais perderam seus empregos durante a pandemia

Segundo dados do IBGE, entre 2019 e 2020, 825,3 mil pessoas perderam o emprego, sendo que 71% destas eram mulheres.

Muitas pessoas tiveram seus empregos prejudicados durante a pandemia de Covid-19, porém uma pesquisa mostra que as mulheres foram a maioria neste quesito. Segundo dados divulgados pelo IBGE, que foram tirados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), entre 2019 e 2020, 825,3 mil pessoas perderam o emprego, sendo que 71% destas eram mulheres.

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Entre o número de pessoas que tinham emprego entre 2019 e 2020, houve uma queda de 0,9% para os homens e de 2,9% para mulheres. Segundo Thiego Ferreira, que foi o gerente da pesquisa, dos 20 setores analisados, 13 demitiram funcionárias, sendo que em três destes a redução foi maior que 10% do número de mulheres.

Isso tem relação com as atividades que empregam mais homens e outras que empregam mais mulheres. Acontece que setores que empregam mais mulheres, como o da educação, por exemplo, sofreu uma perda de 1,6% de trabalhadores, enquanto aqueles que empregam mais homens chegaram a ter um aumento de pessoal.

Só o comércio concentra 19% das mulheres assalariadas, e durante esse período, teve uma queda de 2,5%. Mas mesmo nesta área, o número de mulheres que perderam o emprego (3,2%) foi maior que o número de homens (1,9%).

“As mulheres participaram de setores que tiveram queda. Então, por exemplo, educação, alojamento e alimentação são setores que, tradicionalmente, as mulheres têm uma participação maior. Na educação, quase 67% da força de trabalho é composta por mão de obra feminina, na alimentação é quase 56%. São setores que podemos perceber que sofreram impactos muito grandes com a pandemia e fizeram com que houvesse essa diferença de queda”, explica Ferreira.

Segundo ele, em 2009, a força de trabalho feminina chegava a 41,9% e foi crescendo a cada ano, chegando a 44,8% em 2019, o maior percentual já visto. Porém, a pandemia fez esta participação cair há quase três anos.

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