‘Sem diálogo’, afirma CNTE ao solicitar que novo ensino médio seja revogado
Em reunião com o Governo Federal, CNTE afirma que o novo ensino médio não possui ligação com a educação nacional e motivos são analisados.
Durante a última terça-feira, 7, em reunião com o presidente Lula no Palácio do Planalto, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) solicitaram que o novo ensino médio, aprovado em 2017, seja revogado. No entanto, parece não haver diálogo entre os setores. Entenda.
Entenda a reforma do ensino médio
A proposta para os anos finais da educação básica cumpre com uma promessa de ser atrativa e para efetivar o ensino integral nas escolas. A aprovação da mudança do ensino médio aconteceu durante o governo de Michel Temer, em 2017. Em contrapartida a aprovação, especialistas da educação afirmam que existem impossibilidades na estrutura do que foi apresentado.
Solicitação para que o novo ensino médio seja revogado
Durante os últimos dias, Camilo Santana, representante do Ministério da Educação (MEC), disse que o novo ensino médio estava em andamento para ser efetivado.
De acordo com o ministro, haveria uma portaria para indicar uma postura melhor da aprovação, o que envolveria diversos setores da área.
Em entrevista à Agência Brasil, Heleno Araújo, presidente da CNTE, analisou o projeto dizendo que foi criado em um governo que não possuía legitimidade popular para tal decisão.
“O novo ensino médio veio, por imposição, através de uma Medida Provisória, por um governo que não tinha legitimidade popular, sem qualquer diálogo com os setores da área de educação”, afirmou Araújo.
O presidente Lula, durante a reunião, disse que vai analisar o caso. Além do que foi posto em pauta, outras 300 instituições fizeram o pedido para que a proposta fosse revogada pelo presidente.
Em uma carga elaborada pelas instituições constam cerca de 10 problemáticas na legislação do novo ensino médio.
Programa Nacional das Escolas Cívico-Militar não terá continuidade
As escolas Cívico-Militares (Pecim), projeto do governo Bolsonaro, criado em 2019, não terá continuidade. Até 2022, cerca de 200 escolas públicas aderiram ao modelo militar de ensino.
De acordo com Heleno Araújo, Lula não tem a intenção de continuar com o projeto e vai desfazer o que já foi feito.
Comentários estão fechados.