Neuralink: conheça em mais detalhes o chip cerebral de Elon Musk

Confira todas as informações sobre o dispositivo desenvolvido pela Neuralink, empresa que pertence ao bilionário que atualmente é a pessoa mais rica do planeta.

Depois de receber autorização oficial da Food and Drugs Administration (FDA), órgão regulador de saúde dos Estados Unidos, a Neuralink, empresa de chips cerebrais fundada por Elon Musk, está se preparando para realizar seu primeiro estudo clínico em seres humanos.

Os testes envolvem a implantação de um dispositivo no cérebro de voluntários humanos, com a promessa de, no futuro, reverter condições incuráveis como paralisia e cegueira.

A Neuralink anunciou a aprovação recente para a realização do experimento por meio de um tweet, no mês passado.

Na publicação, a empresa afirmou estar trabalhando em “estreita colaboração com a FDA” e que a permissão “representa um importante primeiro passo que, um dia, permitirá que nossa tecnologia ajude muitas pessoas”.    

A aprovação pelos órgãos reguladores

Nos Estados Unidos, a FDA é o órgão responsável pela regulação desse tipo de atividade, agindo como se fosse a Anvisa aqui no Brasil.

A aprovação concedida pela agência reguladora em maio permite que a Neuralink conduza testes do dispositivo em seres humanos.

No entanto, antes de obter a autorização para comercialização do implante, é necessário percorrer um longo caminho, que envolve várias rodadas completas de testes e coleta de dados de segurança.

A extensão e os detalhes do estudo aprovado não foram divulgados pela FDA ou pela Neuralink até o momento.

É sabido, porém, que a agência exige que os pesquisadores sigam protocolos éticos rigorosos para proteger os participantes dos ensaios clínicos, incluindo o monitoramento e relato de quaisquer adversidades que ocorram durante os experimentos.

A empresa informou pelo Twitter que o recrutamento de pacientes para o ensaio clínico ainda não foi iniciado.

Sobre a Neuralink  

Fundada por Elon Musk em 2016, a Neuralink é uma empresa de neurotecnologia que tem como objetivo desenvolver interfaces para conectar diretamente o cérebro humano a computadores.

O propósito deste empreendimento é possibilitar uma interação mais rápida e eficiente entre as pessoas e a tecnologia, criando uma relação quase simbiótica.

A promessa da empresa é que seu primeiro produto, um chip cerebral chamado apenas de “Link”, seja capaz de registrar a atividade neural e estimular regiões específicas do cérebro.

Com isso, o dispositivo irá auxiliar pacientes com deficiências a recuperar movimentos e habilidades de comunicação, restaurar a visão e estabelecer uma comunicação direta com smartphones e computadores, apenas por meio do poder do pensamento.

Isso, porque as informações coletadas pelo chip serão interpretadas por algoritmos de aprendizado de máquina e softwares baseados em inteligência artificial.

O chip neural, com o tamanho aproximado de cinco moedas empilhadas, é implantado cirurgicamente sob o crânio e se expande para diferentes regiões do cérebro através de milhares de pequenos eletrodos.

A Neuralink informa que o procedimento cirúrgico será realizado por um robô especialmente desenvolvido apenas para essa finalidade.

Segundo Elon Musk, a implantação cirúrgica de chips cerebrais se tornará algo comum e corriqueiro no futuro. Ele acredita que tanto pessoas com deficiências graves ou condições de saúde adversas quanto pessoas saudáveis estarão dispostas a passar pelo procedimento para instalar dispositivos com uma ampla gama de objetivos.

O bilionário acredita que esses dispositivos vão trazer a cura para doenças como obesidade, autismo, depressão ou esquizofrenia, além da possibilidade de navegar na internet e até mesmo desenvolver uma espécie de telepatia.  O CEO da Neurolink chegou a afirmar que testaria o chip em si mesmo caso fosse necessário.

Testes com animais

Segundo informações da Reuters, a Neuralink está enfrentando uma investigação nos Estados Unidos devido a alegações de violações ao bem-estar animal durante seus experimentos.  Por essa razão, a FDA encontrou dificuldade em aprovar um estudo realizado em março deste ano.

De acordo com a Reuters, os testes conduzidos pela Neuralink têm sido feitos de maneira negligente e apressada, resultando em sofrimento e mortes desnecessárias.

A denúncia foi feita pelo Departamento de Agricultura dos EUA em dezembro do ano passado, devido às violações das leis que regulam o tratamento de animais em experimentos conduzidos por pesquisadores.

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