Google Analytics é banido na França: Transferência de dados coloca empresas americanas em cheque

Acordo sobre transferências de dados europeus para servidores dos EUA torna o Google Analytics ilegal.

Por decisão da Agência Francesa de Proteção de Dados (CNIL), o uso do Google Analytics no país foi proibido. A decisão ocorreu após a afirmação do TJUE de que os EUA violaram o Regulamento Geral de Proteção de Dados. Isso, por sua vez, invalidou o “Escudo de Privacidade” e permitiu a transferência de dados aos Estados Unidos, o que acabou tornando a plataforma contrária às leis locais. Entretanto, a França não foi o primeiro país da Europa a tornar o Google Analytics ilegal, e esse talvez possa ser um efeito cascata.

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Primeiro país da Europa a banir o Google Analytics

A Áustria foi o primeiro país da Europa a banir o uso do Google Analytics, por considerar ilegal o uso de dados. Com a decisão das autoridades austríacas de proteção de dados, a resolução tomada acabou afetando o uso dessa ferramenta nos demais países.

No centro de toda essa questão está a importante disputa de dados entre os Estados Unidos e Europa, conhecida como doutrina de Schrems I. Além disso, a anulação do chamado Privacy Shield, em 2020, proíbe a transferência de dados pessoais europeus para os servidores dos EUA. Isso afeta não só o Google, mas também a Meta (antigo Facebook) e outras empresas parecidas, como Amazon e Microsoft.

Como isso afeta as empresas estadunidenses?

As empresas estadunidenses alegam que o problema não está em seus aplicativos, mas nas leis existentes sobre as transferências de dados da Europa para os Estados Unidos. Com isso, elas afirmam a necessidade de um novo acordo, pois caso contrário, não terão como oferecer os seus serviços, mas não há nenhum movimento para que isso aconteça.

No momento não há nenhuma discussão oficial sobre o tema. Por isso, as empresas temem ter que mudar essencialmente sua operação nos países da Europa, pois estão vendo suas principais ferramentas sendo consideradas ilegais.

Desta forma, será necessário que a proteção de dados da Irlanda, onde essas empresas estão sediadas na Europa, decida sobre a transferência de dados do continente para os Estados Unidos. Até lá, essas empresas precisarão esperar o resultado desses acordos.

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