O jovem continua excluído do mercado de trabalho; como mudar isso?

Arranjar um emprego no Brasil tornou-se uma tarefa difícil, e no caso de pessoas jovens isso é ainda mais preocupante.

Dados do Ministério da Economia mostram que no ano passado a taxa de desemprego estava em 14,7%, e que 31% desse total era formado por jovens. Essa poderia ser só uma crise circunstancial em consequência da pandemia, mas não é. Há pelo menos seis anos que jovens entre 18 e 24 anos encontram dificuldade em arranjar um emprego.

Um dos principais motivos para tal dificuldade é a falta de experiência. Infelizmente, mesmo sabendo que é muito difícil um jovem ter experiência em áreas específicas no início da carreira, o mercado de trabalho ainda exige isso.  Outro motivo para tal é o conflito entre gerações. O jovem que nasceu na “era tecnológica” pode provocar certa estranheza em empresas mais tradicionais, por ser ainda, para muitos, um tabu a diferença entre gerações.

No entanto, todos que estão consolidados em carreiras hoje um dia já passaram por dificuldades ao procurar um novo emprego, processo cercado de pequenos desafios e incertezas, como, por exemplo, a dúvida na hora de preencher um currículo, ou do que falar durante uma entrevista. E é por isso que precisamos abrir a cabeça para esse tipo de contratação, deixar as portas abertas, ao invés de encontrar empecilhos óbvios.

Nesse sentido, o programa Jovem Aprendiz é uma boa oportunidade para isso, pois é a chance de jovens terem sua primeira oportunidade profissional. Mas nem todos têm essa informação, e muitas vezes nem o incentivo necessário. Se as escolas estivessem conectadas com o projeto, incentivando a formação profissional dos jovens e oferecendo uma estrutura em que eles pudessem desenvolver suas competências e habilidades de forma prática, essa busca certamente seria mais fácil.

Outra possível saída seria formar mais jovens em tecnologia de ponta, área em que, futuramente, estima-se que haverá um grande déficit profissional, algo em torno de 530 mil vagas abertas sobrando até 2025 – segundo dados da Brasscom.

Outra possibilidade seria incentivar o jovem a utilizar a tecnologia a seu favor. Usar sites destinados a contratações e se desenvolver em habilidades socioemocionais são exemplos disso e tendem a diminuir o percentual de desemprego nessa fase da vida. Estamos passando pela era do conhecimento, e incentivar que o jovem sempre busque por isso para se manter atualizado para o mercado é de extrema importância.

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