O motivo que levou o dono do Nubank ao Uruguai
David Vélez, colombiano que morou no Brasil por dez anos, teve sempre a ideia do Nubank em sua cabeça.
Há 10 anos, o colombiano David Vélez criou a famosa fintech Nubank em uma casa, que hoje é muito famosa, na rua Califórnia, no bairro Brooklin. Há alguns meses, David tomou a decisão de ir embora para o Uruguai, que se tornou então o endereço principal da Rua Califórnia Ltda.
Outro que também foi embora para o Uruguai foi Ricardo Scavazza, sócio e chefe de investimento do privaty equity do Pátria. Em um condomínio na cidade de Punta del Este, Scavazza conta com uma série de vizinhos brasileiros. Uma parcela dos sócios tomou a decisão de mudar sua base da Argentina para o Uruguai.
Muitos se perguntam o motivo do Uruguai atrair moradores mais ricos e a resposta é porque o país charrua conta com indicadores melhores que os de seus vizinhos, o que acaba se refletindo nos índices de segurança do país. Entre esses indicadores, há uma maior estabilidade econômica e política que seus vizinhos, assim como mais incentivos fiscais para atrair novos moradores, especialmente do Brasil e Argentina, e também a redução das exigências de tempo de permanência para configurar como residente.
David Vélez diz que, para ele e sua mulher, o principal motivo foi segurança. Sem operação no país charrua, os residentes não sabem o que é Nubank por ali, o que é uma invisibilidade que se mostra muito útil após os episódios pessoais relativos à segurança no Brasil.
“O trabalho remoto abriu essa possibilidade de estarmos em outro país, mas nos mantendo a apenas duas horas de voo do Brasil e perto das nossas famílias em outros países da América do Sul”, diz Vélez. O empresário admite que chegou a pensar em mudar para o mercado americano, onde o Nubank é listado, entretanto, a distância foi um motivo que acabou pesando para o casal, que tem parentes em outros três países.
O empreendedor descartou a questão fiscal como um dos motivos de decisão. “Isso não faz sentido, uma vez que vou doar 100% do meu dinheiro e o Brasil vai ser o grande recebedor disso, via filantropia.” Ele e a sua esposa, que é peruana e também empreendedora, Mariel Reyes, aderiram ao The Giving Pledge.
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