O que as Gerações Z e Y querem de um trabalho: dinheiro ou bem-estar?
Mais jovens rejeitam boa parte dos atrativos que os mais velhos tinham para escolher um trabalho ou profissão.
Faça um exercício mental antes de começar a leitura deste texto: o que você busca em um trabalho, independente da sua profissão? Um bom salário? Bem-estar? Horários flexíveis? Estabilidade? Suas escolhas dizem muito sobre qual geração você pertence.
Isso porque millennials e centennials têm ambições muito diferentes no que tange a carteira assinada. Da mesma forma que, antes deles, os Gen X e os boomers tinham outras prioridades.
E, agora, essas pessoas das Gerações Z e Y querem outras coisas para um ambiente de trabalho. Eles estão redefinindo as prioridades e expectativas do mercado e, com isso, podem causar mudanças significativas nele.
O que querem os millennials da Geração Y?
Pessoas nascidas entre 1980 e 1994 podem ser consideradas como parte da Geração Y e são mais conhecidas como millennials. Estas pessoas querem um trabalho que os permita equilibrar com a vida pessoal (família, amigos, hobbies e cursos que possam melhorar sua vida profissional). Justamente por isso, gostam de ter horários mais flexíveis.
Quem fez este levantamento foi o pesquisador Pompílio Arthur de Faria Rosa, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a pesquisa que ele fez para o mestrado, estas pessoas, inclusive, tendem a desistir de cargos mais altos se isso lhes tira seu tempo pessoal.
Eles também buscam feedback de suas ações, para terem reconhecimento mais constante. E, por terem nascido e crescido em uma época de total inovação tecnológica e revolução dos processos do nosso dia a dia, querem trabalhar em empresas que inovam e têm projetos interessantes e desafiadores.
O que querem os centennials da Geração Z?
Do outro lado, estão os centennials da Geração Z, nascidos entre 1995 e 2010. A vivência deles já é totalmente diferente da dos millennials. Para eles, buscar informações em meios analógicos é quase como uma prova de fogo – afinal, pouco viveram desta época.
Para eles, não faz tanto sentido assim deixar de procurar uma resposta no Google para ler em um livro velho e empoeirado no alto da prateleira da sala. Isso traz reflexos no tipo de trabalho que querem.
Assim como os Gen Y, eles também preferem flexibilidade no trabalho e gostam (muito mais que os millennials) de home office. Segundo as consultorias McKinsey e Box1824, eles também tendem a escolher empresas e empregos com forte apelo a causas sociais e sustentáveis.
Eles também preferem ambientes de trabalho com troca de ideias e que incentivam o desenvolvimento profissional e a inovação. Os centennials também costumam ser muito mais empáticos com o próximo e não costumam ficar muito tempo em um mesmo emprego.
Em contrapartida, demonstram ter baixíssima tolerância à frustração.
Como isso vai impactar o mercado de trabalho?
Na verdade, já impactou. A busca, principalmente, pelos horários flexíveis tem levado grandes companhias e reavaliarem seus processos de trabalho. Até porque millennials e centennials, juntos, são maioria no mercado de trabalho.
Com isso, as empresas buscam oferecer um ambiente mais inovador, transparente e autêntico para reter estes talentos. Além disso, em especial quando se trata de pessoas da Geração Z, as companhias se empenham para oferecer alguns atrativos, como bônus no salário, plano de saúde, acesso a academias ou creches e a possibilidade de fazer trabalho voluntário durante o expediente.
Pesquisadores também pontuaram que a geração não pensa totalmente igual e que é errado colocar todo mundo em uma mesma caixinha. No entanto, tratam como inegáveis as mudanças e as tendências que estão desenhando no mercado de trabalho.
*com informações de Tecmundo
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