Oferta de consignado do Auxílio Brasil não é confirmada por bancos
Segundo a nova legislação, beneficiários do Auxílio Brasil podem solicitar empréstimos em até 40% do valor do benefício.
Segundo a nova legislação, beneficiários do Auxílio Brasil podem solicitar empréstimos em até 40% do valor do benefício, com prazo de até 24 meses para pagar e sem limites na cobrança de juros. Entretanto, a liberação do crédito fica dependente da regulamentação do Ministério da Cidadania.
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Apesar da possibilidade de empréstimo consignado sobre o valor do auxílio, alguns bancos não demonstraram interesse em oferecer esse serviço. De acordo com Octavio de Lazari Junior, presidente do Bradesco, a instituição entende que o melhor é não operar consignado com o benefício. “A sanção dessa medida representa a possibilidade de acesso ao crédito a milhões de brasileiros que precisam do recurso para realizar algum projeto específico ou até mesmo para as demandas básicas do dia a dia. Entendemos ser um importante mecanismo de inclusão financeira para esse público”, destacou.
Bancos privados como Santander e Itaú também apresentam desinteresse no serviço, provavelmente motivados pela mesma razão do Bradesco. Um dos únicos confirmados a oferecer a modalidade é o Agi, antigo Agibank, que já atua com consignado para beneficiários do INSS.
Até agora, acredita-se que apenas a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil serão as instituições que ofertarão o empréstimo aos beneficiários. A falta de interesse de grandes instituições bancárias levanta algumas questões sobre a necessidade desta sanção. O benefício vem no intuito de amparar famílias financeiramente vulneráveis e em situação de pobreza, mas expor estas pessoas a uma situação de acesso a crédito com juros é supostamente questionável. A decisão dos bancos parece definitiva, e até o momento poucas instituições apresentam interesse nessa possibilidade.
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