Pão de Açúcar vende 11 lojas em meio à implementação de nova estratégia financeira

O movimento realizado pela empresa foi uma operação de 'sale and leaseback' e faz parte do plano para reduzir a alavancagem financeira.

Em um movimento estratégico para aliviar a alavancagem financeira, o grupo GPA, dono da bandeira Pão de Açúcar, vendeu 11 de suas lojas para um fundo privado anônimo em uma operação de sale and leaseback. O acordo, que implica na venda e subsequente aluguel dos estabelecimentos, foi avaliado em R$ 330 milhões.

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Segundo um comunicado oficial divulgado na segunda-feira (19), os contratos de locação terão um prazo inicial de 15 anos, com exceção de três lojas que serão locadas por um período inicial de 18 anos.

Este tipo de acordo permitirá ao Pão de Açúcar continuar operando as lojas enquanto simultaneamente libera capital atrelado aos imóveis.

O Plano de redução da alavancagem financeira

O GPA tem a intenção de reduzir significativamente sua alavancagem financeira ao longo de 2023 e 2024. Esta venda de lojas se alinha com este objetivo estratégico, permitindo a “redução da dívida líquida e reforço da sua estrutura de capital”, de acordo com a empresa.

O grupo registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 248 milhões no primeiro trimestre de 2023, após um lucro de R$ 1,4 bilhão no mesmo período em 2022.

Esta situação financeira precária, em conjunto com a decisão de se desvincular de seu segmento de hipermercados, acelerou a necessidade de reduzir a alavancagem financeira.

Próximos passos do GPA

Como parte do plano, o GPA também pretende concluir a venda de ativos não estratégicos e implementar melhorias operacionais, visando atingir uma margem Ebitda ajustada de 8% a 9% em 2024.

Adicionalmente, a empresa pretende reduzir o excesso de estoque nas lojas e vender a participação do Grupo Éxito após um processo de segregação atualmente em andamento.

Neste contexto de realinhamento estratégico, a venda e subsequente locação das 11 lojas é um movimento calculado que permite ao GPA cumprir suas metas financeiras e operacionais. As ações resultantes desse plano reestruturador têm o potencial de colocar o grupo em uma posição mais sólida e sustentável no futuro.

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