O governo japonês está se preparando para liberar águas residuais radioativas tratadas no Oceano Pacífico, o que gerou controvérsia e preocupação. No entanto, autoridades japonesas, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e cientistas independentes afirmam que a liberação planejada é segura.
A água está sendo tratada com um sistema chamado Advanced Liquid Processing System (ALPS), que remove a grande maioria dos elementos radioativos. O trítio, um elemento radioativo difícil de ser removido da água, será a principal substância presente a ser liberada e contribui pouco para a radioatividade total dos oceanos, que é principalmente devida ao potássio.
O Japão escolheu um limite de concentração conservador de 1.500 Bq por litro para o ponto de liberação, sete vezes menor do que o limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde para água potável. O lançamento será feito em quantidades pequenas ao longo do tempo.
Todas as usinas nucleares produzem algum trítio, que é rotineiramente descarregado no oceano e em outros cursos d’água. O painel de especialistas do Fórum das Ilhas do Pacífico aconselhou o Japão a adiar a descarga iminente, mas cientistas reafirmam que a água é segura para liberação e que as águas residuais de Fukushima não contribui para uma possível catástrofe.
A quantidade de água armazenada é grande, e o armazenamento estendido aumenta o risco de liberação acidental descontrolada. A tecnologia ALPS pode ser repetida até que as concentrações estejam abaixo dos limites regulamentares, mas não há tecnologia para remover vestígios de trítio desse volume de água.
O lançamento da água é uma necessidade para criar espaço para outras obras vitais de remediação. O trítio já está presente no oceano e o lançamento de Fukushima contribuirá com uma quantidade muito pequena de radioatividade em comparação.
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