Pesquisa revela que geração Z é a mais estressada e deprimida no trabalho

Uma pesquisa realizada pela healthtech Vittude revelou que a Geração Z no Brasil está enfrentando altos níveis de ansiedade, estresse e depressão no ambiente de trabalho.

A pesquisa, que contou com a participação de mais de 24 mil trabalhadores, revelou que uma em cada quatro pessoas empregadas com até 25 anos se considera ansiosa, enquanto a mesma proporção afirma estar deprimida.

Além disso, uma em cada três pessoas nessa faixa etária relata sentir estresse. Entenda mais a seguir!

Estresse em crescimento

Esses números contrastam com as gerações anteriores. Apenas uma pessoa em cada 20 baby boomers (pessoas com mais de 60 anos) se diz ansiosa, e uma em cada treze da Geração X (idade entre 41 e 60 anos) relata estresse.

Esses dados apontam para um aumento significativo dos problemas de saúde mental na Geração Z, o que requer atenção e ação por parte das empresas e da sociedade em geral.

Tatiana Pimenta, CEO da Vittude, sugere que o aumento desses transtornos mentais pode estar relacionado ao maior contato e familiaridade com a tecnologia.

A Geração Z é a primeira a crescer em um ambiente digital desde o nascimento, e a sobrecarga de plataformas digitais, ferramentas tecnológicas e exposição constante a informações e demandas pode contribuir para o aumento dos casos de burnout, ansiedade e depressão.

(Imagem: Pexels/reprodução)

Pimenta destaca que as empresas precisam considerar a saúde mental como uma prioridade e integrar o cuidado emocional em seus programas para os colaboradores.

A saúde mental não deve ser vista apenas como um benefício adicional, mas sim como um fator que impacta o bem-estar, a motivação, o desempenho e a produtividade das equipes.

Outro estudo realizado pela Cangrade, uma empresa de recrutamento com foco em Inteligência Artificial, revelou que os jovens da Geração Z não estão felizes com o trabalho.

Mais de um quarto das pessoas com até 25 anos que já integram o mercado de trabalho estão infelizes, e 17% delas afirmaram pensar em pedir demissão.

Essa insatisfação pode estar relacionada ao fato de que muitos profissionais mais jovens ocupam cargos juniores nas empresas, o que pode gerar frustração e expectativas não atendidas.

Além disso, a Geração Z enfrenta desafios adicionais, como os impactos da pandemia de Covid-19, altas dívidas financeiras, uso excessivo de redes sociais e aumento do custo de vida. Todos esses fatores contribuem para um ambiente de trabalho estressante e desafiador para os jovens.

Diante dessas questões, é fundamental que as empresas se adaptem às necessidades e às expectativas da Geração Z. Isso inclui priorizar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, promover um ambiente inclusivo e diversificado, oferecer opções flexíveis de trabalho e abordar o bem-estar mental dos colaboradores.

A criação de uma cultura positiva e o engajamento efetivo desses jovens profissionais são essenciais para atrair e reter talentos.

Em conclusão, a saúde mental da Geração Z no ambiente de trabalho é uma questão que demanda atenção urgente. A adoção de medidas para promover o cuidado emocional e garantir um ambiente de trabalho saudável é crucial para o bem-estar e o sucesso dessa geração.

Ao reconhecer os desafios e oferecer suporte adequado, as empresas podem contribuir para uma geração de profissionais mais resilientes e realizados.