Pesquisa revela situação preocupante de jovens brasileiros
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), um a cada quatro jovens não trabalha nem estuda. Saiba o que há por trás da procrastinação dessa geração.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), dados publicados na última quinta-feira afirmam que um a cada quatro jovens não trabalha nem estuda no momento. A situação atingiu níveis preocupantes segundo a entidade, pois foi apontado que mais de 23% da população entre 15 e 24 anos não exerce qualquer atividade.
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O país foi atingido de forma brusca pela pandemia. O número de demissões sofreu um aumento. Na perspectiva juvenil, essa subida foi de 25,2% ao final de 2019 para 30,7% no mesmo período de 2020. Ainda nesse período houve queda de 56,6% para 51,8% na participação da força de trabalho jovem ao mesmo período.
A entidade ainda aponta que “os mercados de trabalho se recuperaram posteriormente, e no quarto trimestre de 2021, tanto a taxa de desemprego quanto a participação da força de trabalho voltaram aos níveis pré-pandêmicos”, devolvendo à população as taxas 24,6% do desemprego juvenil e 56,9% de participação.
A média mundial do desemprego jovem atinge 14,9% em 2022. Diante do cenário em questão, não surpreende que o Brasil se encontre em um cenário pior a este. Em comparação, Europa e Ásia Central contam com a taxa em 16% para o mesmo grupo. Os brasileiros ainda ocupam o posto de piores números em relação à média da América Latina, onde o desemprego de 15 a 24 anos está na casa dos 20%.
Taxas acima da média
Dentre os dados divulgados, 23,4% dos brasileiros estão desempregados e fora dos estudos. Os números competem com os anteriores a pandemia, entretanto a atenção é centralizada na disparidade refletida entre os sexos, onde essa situação reflete em 28% nas mulheres e 18% nos homens.
A vice-diretora da OIT, Martha Newton, destacou uma leve melhora no cenário de desemprego dos jovens, ainda que as taxas continuem acima da média dos anos que precedem a pandemia. Atualmente 23,3% dos jovens no mundo todo não estão empregados e nem matriculados em instituições de ensino. Esses são os piores números registrados desde o começo da coleta em 2005.
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