Pior cidade do Brasil para se viver é revelada
Apesar de suas paisagens deslumbrantes, cidade do interior de Roraima luta contra deficiências em habitação, educação e saúde.
Localizada no extremo norte de Roraima, perto da fronteira com a Venezuela, Uiramutã tem enfrentado sérios desafios socioeconômicos e foi eleita a pior cidade do Brasil para se viver.
Com uma população de menos de 14 mil habitantes, segundo o Censo do IBGE de 2022, a cidade apresenta a menor qualidade de vida entre os 5.569 municípios brasileiros.
Apesar de sua fundação recente, em 1995, e suas paisagens naturais impressionantes, incluindo campos abertos e cachoeiras, Uiramutã sofre com uma série de problemas estruturais.
O Índice de Progresso Social (IPS) de 2022 revelou uma pontuação alarmantemente baixa de 37,63 em uma escala de 0 a 100.
Cidade tem habitação precária
A habitação em Uiramutã apresenta uma pontuação de 10,47 no IPS, isso reflete a falta de serviços essenciais, como coleta de lixo, iluminação pública e boas condições de moradia. Tais carências tornam evidente a necessidade de intervenções urgentes.
Já o setor educacional tem uma pontuação de 13,47. O acesso à educação é extremamente limitado, e a infraestrutura educacional deixa muito a desejar. Esse cenário compromete o desenvolvimento econômico e social da cidade, perpetuando a pobreza.
Com um índice de 35,41, a cidade apresenta ineficácia nos serviços jurídicos e falta de políticas para proteção das minorias. Os moradores têm dificuldades em acessar direitos básicos e proteção legal.
A taxa de mortalidade infantil é de 25 óbitos a cada mil nascimentos, um número que se assemelha ao Brasil de duas décadas atrás. Hoje, a taxa nacional caiu para 16, segundo o DataSUS, evidenciando a urgência de melhorias no município de Roraima.
Desigualdade em números: renda e emprego
Em termos de renda, Uiramutã tem uma das menores médias do Brasil, com R$ 10,5 mil anuais per capita. Tal valor é 24 vezes menor que o de Gavião Peixoto, a cidade mais bem posicionada no ranking, que atinge R$ 253 mil. Apenas 2,74% da população está empregada, exacerbando a crise socioeconômica.
A melhoria das condições de vida em Uiramutã exige um esforço coletivo entre governo, sociedade civil e setor privado. Ações coordenadas e bem-planejadas, que considerem as particularidades regionais, são essenciais para transformar a realidade do município.
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