Planalto das Guianas – Localização e principais características
Uma das formações geológicas mais antigas da Terra, o Escudo das Guianas compreende boa parte do nordeste da América do Sul.
O Planalto das Guianas, também conhecido como Escudo das Guianas é uma formação de relevo que tem cerca de 250 milhões de hectares e encontra-se na porção nordeste da América do Sul, englobando, além do Brasil, a Guiana, Guiana Francesa, Venezuela, Suriname e uma pequena parte da Colômbia.
Localização
Em território brasileiro, a formação abrange praticamente todo o estado de Roraima, a porção ocidental do Amapá e o norte do Amazonas e do Pará. Ao sul, o planalto limita-se com a Floresta Amazônica, enquanto ao oeste e norte o limite é o rio Orinoco.
É uma das formações geológicas mais antigas do mundo, tendo sua origem ligada ao período Pré-Cambriano, portanto, de 4 bilhões a 500 milhões de anos atrás. Alguns de seus picos chegam a ter mais de 2000 metros de altitude, por isso, a região é muito conhecida por suas quedas d’água.
O ponto mais alto do território brasileiro, chamado de Pico da Neblina, tem 2.993,78 metros de altitude e fica no Planalto das Guianas, especificamente na fronteira entre Brasil e Venezuela. Outras formações de altura notável, na parte brasileira, são o Monte Roraima (2.734,06 metros de altitude) e o Pico 31 de Março (2.972,66 metros de altitude).
Além disso, no local é possível encontrar alguns cânions. Por conta da ação corrosiva das águas dos rios nas rochas, ao longo dos anos, essa formação é recorrente. Os cânions são vales profundos, com encostas quase verticais.
Falando em encostas, elas estão muito presentes no Planalto das Guianas, destacando-se pelo formato alto, íngreme e vertical.
A maior cachoeira do mundo também está inserida no Escudo das Guianas. A Angel Falls tem 979 metros de altura e fica na Venezuela. As cataratas Kaieteur e Urenduíque, localizam-se na fronteira entre o Brasil e a Guiana e também são conhecidas pelas grandes alturas.
Características do Planalto das Guianas
Em função da proximidade com a Linha do Equador, o clima do Planalto das Guianas é o equatorial. Praticamente todo o relevo é coberto por Floresta Equatorial, em especial, a Floresta Amazônica.
Esse tipo de vegetação é caracterizada, principalmente, por ter folhas largas, e contar com plantas sempre verdes, cujo crescimento ocorre em ambientes úmidos. Os solos possuem baixa fertilidade e portanto, a floresta consegue sobreviver com seu próprio bioma.
Como já citado, a formação do relevo tem origens remotas, tendo como uma característica marcante a cobertura sedimentar muito antiga, bastante resistente à erosão. Em sua composição é possível encontrar basicamente quartzito, uma rocha metamórfica e arenito, uma rocha sedimentar.
A região serrana é formada de oeste para leste, pelas serras do Imeri, Parima, Pacaraima, Acaraí e Tumucumaque.
Conservação
Por ter uma das biodiversidades mais ricas do planeta, com altos índices de endemismo, ou seja, espécies exclusivas da região, a vegetação do Planalto das Guianas acabou tornando-se muito vulnerável.
Ocupação do solo sem qualquer tipo de planejamento, expansão da agricultura e da pecuária, além dos altos investimentos em infraestrutura e produção de energia constituem outros problemas que ameaçam a cobertura vegetal do relevo.
Para estabelecer formas de proteger o território, em 2016 várias instituições dos países que constituem o Escudo das Guianas se reuniram para traçar um plano conjunto e estratégico para a preservação do local. O acordo firmado na época incluía, desde produções científicas, até a arrecadação de fundos para conservação.
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