Por que abrir tumba do primeiro imperador da China pode acabar em tragédia?

Mausoléu de Qin Shi Huang foi descoberto em meados de 1974, e tumba está selada desde que o imperador morreu, em 210 a.C.

A tumba de Qin Shi Huang, o primeiro imperador da China, foi encontrada em meados de 1974. Na época, agricultores encontraram pedaços de uma figura humana feita de barro e, a partir daí, arqueólogos chegaram à tumba.

O pedaço de figura humana revelou-se parte de um grande campo com milhares de estátuas em tamanho real, das mais variadas formas: soldados, cavalos de guerra e outros humanos e animais.

No entanto, o mausoléu de Qin Shi Huang nunca foi aberto. E fazê-lo preocupa bastante os arqueólogos.

‘Don’t touch, it’s art’

Antes de falarmos do local de descanso eterno do imperador, vamos falar sobre o campo encontrado. O grupo de “homens de barro” encontrado por arqueólogos foi chamado de Exército de Terracota e sua função era guardar o mausoléu.

Os arqueólogos estudaram muito os guerreiros e as demais representações de barro. No entanto, não mexeram no túmulo, que nem sequer foi aberto desde que o imperador morreu, em 210 a.C. É como diz o meme: “don’t touch, it’s art”.

E não é que não querem, é porque têm medo.

Por que arqueólogos têm medo da tumba do primeiro imperador da China?

Em primeiro lugar, porque uma escavação pode avariar algumas partes da tumba, e isso pode significar a perda de informações históricas. Uma pequena lasca sequer pode revelar (ou não) alguma parte muito importante da história do imperador.

A tecnologia disponível hoje, por mais delicada e cautelosa que seja, ainda é invasiva demais para o local. Uma das propostas, de acordo com o site IFLScience, é usar múons, um produto subatômico de raios cósmicos.

Essa tecnologia poderia fazer com que os arqueólogos enxergassem através das estruturas, como se estivessem vendo um raio X dela. No entanto, esta ainda não é uma possibilidade concreta, possivelmente devido aos custos.

Mas esse não é o único motivo do medo da escavação.

A tumba tem armadilhas por toda parte

Isso aqui não é conversa de filme de Indiana Jones, não. É seríssimo. O antigo historiador chinês Sima Qian escreveu um artigo 100 anos depois da morte do imperador. Segundo o texto, a tumba é cheia de armadilhas para matar qualquer intruso.

O texto diz que há flechas prontas para atirar e mercúrio foi usado para simular rios que ficaram fluindo mecanicamente no mausoléu. Isso foi comprovado com estudos científicos. As informações mostram quantidades altíssimas de mercúrio no local.

Será que algum dia conseguiremos saber o que tem dentro da tumba do primeiro imperador da China?

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