Por que algumas pessoas não gostam de abraços ou toque humano? A psicologia responde

Psicologia investiga as razões por trás da relutância em abraçar.

Na sociedade, o abraço é amplamente considerado um símbolo de afeto e proximidade. No entanto, algumas pessoas demonstram aversão a esse contato físico, o que levanta questões sobre as possíveis causas subjacentes.

Muitas vezes, a relutância em abraçar pode se originar de experiências pessoais ou culturais. Para algumas pessoas, a preferência por evitar abraços está enraizada em suas vivências ou no ambiente em que cresceram, incluindo desde traumas até diferenças culturais.

A partir de tais observações, é importante compreender os fatores que levam alguém a evitar essa forma de carinho. Entre eles, destacam-se a influência do estilo parental, questões de autoestima e até mesmo condições de saúde mental, como ansiedade e depressão.

Não gostar de abraçar pode ser devido a questões mentais ou culturais – Imagem: reprodução/Tani Eisenstein/Unsplash

O que leva uma pessoa a negar abraços?

Famílias que não demonstram afeição física podem criar crianças que, na vida adulta, também evitam abraços. Essa aprendizagem é internalizada e tende a se perpetuar.

Crianças que crescem com baixa autoestima frequentemente também evitam interações emocionais com toque. Isso se estende à vida adulta e impacta a disposição para abraçar. A confiança em si está diretamente ligada à aceitação do contato físico.

Problemas de saúde mental e abusos

Além disso, condições de saúde mental, como ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático, costumam reduzir a vontade dos afetados de socializar e, inclusive, abraçar.

Tais transtornos podem manifestar aversão ao toque como um sintoma, o que envolve uma série de emoções e inseguranças que dificultam a aceitação de um abraço.

Histórias de abuso físico ou sexual conseguem gerar uma aversão profunda ao contato físico. Tal comportamento é uma forma de autoproteção e se manifesta como um medo intenso de ser tocado.

Para algumas pessoas, um abraço pode parecer uma invasão do espaço pessoal, o que gera desconforto, e a sensação de vulnerabilidade dificulta a aproximação física.

Cultura e estilo de apego

Quando se trata de situações mais culturais, o abraço pode não ser uma demonstração comum de afeto em países onde as pessoas são mais reservadas.

Na Ásia, por exemplo, o gesto pode ser invasivo. Já na Finlândia, abraçar é reservado para relações muito próximas, influenciando a aceitação desse gesto.

Estilos de apego formados na infância influenciam comportamentos adultos. Um apego inseguro pode resultar em rejeição ao toque, o que reflete uma busca por independência emocional.

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