Por que os brasileiros estão deixando os empregos? A verdade por trás da grande onda de demissões

Ano de 2024 foi marcado por um aumento recorde de pedidos de demissão no Brasil, impulsionando discussões sobre o tema.

No período de janeiro a setembro de 2024, o Brasil registrou um número surpreendente de 6,5 milhões de pedidos de demissão. Esse aumento em comparação aos anos anteriores chamou a atenção de empresas e especialistas em recursos humanos, que buscam entender as razões por trás dessa tendência.

Segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), a maior parte dos desligamentos é composta por jovens entre 18 e 24 anos, que almejam novas carreiras ou querem empreender.

Cerca de 30% das empresas enfrentaram uma taxa de turnover (rotatividade de funcionários) superior a 10%, conforme o Índice de Confiança da Robert Half.

Principais motivos para as demissões

Os pedidos de demissão concentram-se em cinco motivos principais. Destacam-se as propostas mais atraentes de outras empresas, que lideram a lista com 71% das causas, seguidas pela ausência de oportunidades de crescimento dentro das organizações (40%).

  • Ofertas mais vantajosas de outras empresas (71%);
  • Falta de oportunidades de crescimento (40%);
  • Salários abaixo da média do mercado (24%);
  • Benefícios pouco competitivos (22%);
  • Falta de reconhecimento e recompensas (22%).

Impacto nas empresas e perspectivas

O fenômeno do “turnover voluntário” é um alerta para as empresas quando está em níveis muito altos ou muito baixos. Por isso, um equilíbrio é necessário para promover a diversidade sem prejudicar a estabilidade organizacional.

Além disso, a consultoria SHL aponta que, sem medidas adequadas, em 2025 poderemos enfrentar uma “demissão por vingança”, onde fatores emocionais influenciam na decisão de deixar a empresa.

Estratégias para retenção de talentos

Algumas iniciativas têm se mostrado eficazes na retenção de talentos. Investir na capacitação de lideranças e oferecer treinamentos para as equipes são medidas adotadas por 39% e 36% das empresas, respectivamente, segundo a Robert Half.

Iniciativas Percentual de adoção
Capacitação das lideranças 39%
Oferta de treinamentos 36%
Desenvolvimento de carreira 35%
Melhoria nas condições de trabalho 35%
Aprimoramento da gestão de desempenho 31%

Este cenário serve de alerta para as empresas que ainda não se adaptaram às novas demandas do mercado de trabalho. A reestruturação de políticas internas pode não apenas reter, mas também atrair novos talentos, garantindo competitividade e inovação.

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