Preço do leite despenca, mas seus derivados estão nas alturas: por que a diferença?
Por que o queijo e a manteiga estão tão caros, enquanto o leite baixou de preço? Confira a seguir!
Você já deve ter notado que, nos últimos tempos, o preço do leite de caixinha caiu, mas os seus derivados, como queijo e manteiga, continuam caros.
Isso pode parecer estranho, afinal, se o leite está mais barato, por que os outros produtos não acompanham essa queda?
Primeiro, é preciso entender que realmente o leite está mais barato. Em 2022, o preço do leite chegou a custar até R$ 8 o litro.
Mas, agora, em 2024, voltou ao normal, variando entre R$ 4 e R$ 5. Isso é uma boa notícia para o consumidor, certo? Menos gasto na hora de comprar essa bebida muito usada.
No entanto, o que chamou atenção foi que os produtos derivados não baixaram tanto de preço quanto o leite. Vamos dar uma olhada mais de perto nessa situação.
Derivados do leite com preço alto
Em geral, o valor dos queijos e outros produtos lácteos nos supermercados sempre foi definido conforme o preço de venda do leite.
Quando o leite sobe, os derivados também ficam mais caros, se há queda no preço do leite, espera-se que os derivados fiquem mais baratos. Porém, isso não é uma regra.
Preço do leite e dos derivados tem grande diferença – Imagem: MF Magazine/Reprodução
De acordo com o IPCA, o índice de inflação que a gente usa, o preço do leite longa vida caiu 7,9% por ano até fevereiro.
Mas o queijo só caiu 0,82% no mesmo período. Comparando com janeiro do ano passado, o preço médio de um quilo de queijo subiu 9,7%.
Já a manteiga teve um acréscimo ainda maior de 12,3%. A mussarela subiu 3,7%, e os queijos especiais, como gorgonzola, aumentaram 20% em um ano.
Mas por que essa diferença?
Segundo os produtores de leite, a culpada é a falta de concorrência, ela é motivada pelas grandes empresas de laticínios, que possuem amplas fazendas produtoras de leite e não dão chances para as menores.
Já de acordo com Fábio Scarcelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ), a culpa não está na indústria de laticínios, mas sim na hora de vender ao consumidor final.
O problema surge porque os supermercados não consideram produtos lácteos como de alto giro, ou seja, itens vendidos rapidamente e em grande quantidade, como arroz, feijão e o próprio leite.
Assim, as margens de lucro dos derivados lácteos são maiores para compensar o baixo ganho obtido com a venda de produtos de alto giro.
Com informações do site Edital Concursos Brasil.
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