Preocupante! Brasil é o 2° país do mundo no ranking de jovens ‘nem-nem’

Essa classificação é dada a indivíduos totalmente desocupados, que nem trabalham nem estudam.

De acordo com um relatório recente da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Brasil está atrás apenas da África do Sul no quesito população de jovens “nem-nem”, que não estão trabalhando nem estudando.

Para montar o relatório, a Organização estudou as condições econômicas e sociais de 37 países, incluindo, além do Brasil e da África do Sul, outras nações da América Latina, como Chile, Colômbia e Argentina, bem como países desenvolvidos, a exemplo da Itália, da Alemanha e dos Estados Unidos.

Como resultado, os dados deram conta de que, no Brasil, cerca de 36% dos jovens entre 18 e 24 anos (faixa etária estudada) nem trabalham nem estudam, o que corresponde a aproximadamente 7,1 milhões de pessoas. É muita gente!

Por outro lado, a campeã do ranking, África do Sul, tem pouco mais de 46% de jovens nessa mesma faixa etária completamente ociosos.

Imagem: reprodução

Por que há tentos jovens ‘nem-nem’ no Brasil?

Os responsáveis pelo relatório apresentado pela OCDE sugerem que essa grande população de jovens nem-nem se justifica pelas dificuldades que os jovens costumam enfrentar na transição entre a vida estudantil e a vida laboral “adulta”.

Associa-se a isso a falta de vagas de emprego disponíveis, bem como a confusão mental que decorre da decisão sobre qual carreira seguir, em um mundo globalizado e onde as transformações sociais ocorrem cada vez mais rápido.

Outros fatores, como as diferentes condições socioeconômicas das famílias, costumam influenciar muito na taxa de ocupação dos jovens.

Por fim, o relatório elegeu a pandemia de covid-19, que atormentou o mundo recentemente, como uma das grandes responsáveis pelo aumento da legião de jovens nem-nem no Brasil e no mundo.

Enquanto as medidas de contenção da pandemia acabaram desestabilizando as economias, o quadro educacional também foi bastante afetado, sobretudo no setor privado.

Com isso, muitos jovens acabaram redirecionando seu foco e largando os estudos, à medida que outros perderam seus empregos.

Agora, resta saber como esse cenário poderá ser revertido nos próximos anos, com o reaquecimento da economia e a implementação de medidas de incentivos governamentais.

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