TikTok, Instagram e mais: jovens falam sobre o lado sombrio das redes

Livro recém-lançado trata de transtornos de ansiedade, depressão e outros problemas relacionados aos efeitos da era digital sob a perspectiva de adolescentes.

A saúde mental é um aspecto crucial para o bem-estar de crianças e adolescentes. Problemas como estresse elevado, ansiedade e depressão podem ser influenciados pelo ambiente em que vivemos.

Por esse motivo, é importante relembrar todos os dias, se necessário, que é fundamental cuidar atentamente da saúde mental, especialmente considerando os desafios modernos enfrentados pelas novas gerações.

Inclusive, um fator contemporâneo que merece destaque é o impacto das redes sociais no desenvolvimento desses transtornos.

Muitas crianças, adolescentes e jovens têm dedicado uma quantidade significativa de tempo às redes sociais, e isso tem afetado negativamente a saúde mental deles.

Adolescentes e principais queixas sobre redes sociais

Recentemente, o livro “The Anxious Generation – How the Great Rewiring of Childhood Is Causing an Epidemic of Mental Illness” (“A geração ansiosa: como a infância hiperconectada está causando uma epidemia de transtornos mentais”) tem gerado discussões ao abordar a problemática da saúde mental na era das redes sociais.

A obra analisa como a excessiva exposição e interação nas redes estão contribuindo para uma epidemia de transtornos mentais entre os jovens.

Mas qual é a real relação entre os transtornos e as redes, afinal?

Os motivos por trás do problema

Em paralelo à análise do livro mencionado, um levantamento realizado pela Folhateen, do jornal Folha de São Paulo, entrevistou diversos adolescentes para compreender os impactos das redes sociais em suas vidas.

A maioria dos entrevistados destacou que o ato de se comparar constantemente com os outros, a natureza superficial das relações online marcadas por narcisismo e falsidade, o sentimento de improdutividade após longos períodos nas redes e a busca incessante por validação e elogios são fatores-chave que contribuem para transtornos mentais.

Esses comportamentos podem levar a consequências sérias, incluindo ansiedade crônica, baixa autoestima e depressão.

Isso sem contar no isolamento social e na reclusão espontânea, que podem vir ou não acompanhados de algum transtorno, mas são igualmente nocivos.

Felizmente, é possível combater isso, e para proteger os adolescentes e jovens desses efeitos catastróficos para a mente, é essencial promover estratégias de conscientização e intervenção, tais como:

  • Orientar sobre os impactos negativos das redes sociais e promover um uso consciente e equilibrado;

  • Estabelecer limites de tempo para o uso de dispositivos e redes sociais, incentivando outras atividades offline;

  • Estimular relacionamentos presenciais e genuínos, reforçando a importância da conexão humana autêntica;

  • Incentivar o desenvolvimento da autoestima e da autoaceitação para reduzir a dependência da validação externa;

  • Oferecer acesso a profissionais de saúde mental para aqueles que necessitam de suporte adicional.

É essencial reconhecer e abordar os desafios que as redes sociais apresentam para a saúde mental das novas gerações.

Através de medidas educativas e preventivas, podemos mitigar os impactos negativos e cultivar um ambiente mais saudável e equilibrado para o desenvolvimento dos jovens.

Se você é mãe ou pai de um adolescente em idade escolar, assuma o papel de fiscal e faça a sua parte.

Estimule seu filho(a) a viver a vida real, a se desenvolver em áreas significativas e a ir reduzindo, aos poucos, a influência dos poços de areia movediça que são os feeds das redes sociais.

*Com informações da Folha de S.Paulo e Folhateen.

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