Professores do Rio de Janeiro permanecem em greve e rejeitam proposta de reajuste salarial

Após assembleia, professores do RJ decidem continuar greve que reivindica direitos e reajuste salarial. Governo tenta negociação com representantes da categoria.

Os professores estaduais do Rio de Janeiro decidiram manter a greve após assembleia. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (15) e, em seguida, eles realizaram uma manifestação no centro da cidade. A paralisação completará um mês no dia 17 de junho.

Em 17 de maio, a greve foi iniciada para reivindicar reajuste salarial de acordo com o piso salarial nacional, além de melhores condições de trabalho e outros benefícios.

Atualmente, os vencimentos que seguem o piso salarial nacional do magistério são de R$ 4.420,55. Para alcançar esse valor no Rio de Janeiro, seria preciso um reajuste de 12%, que é o que estão sendo exigidos pelos professores na greve atual.

A rede estadual de ensino do Rio de Janeiro é composta por 92 cidades e mais de 670 mil alunos matriculados.

No dia 15, a assembleia ocorreu após a intervenção do Governo do Estado do Rio de Janeiro, que tentou encerrar a greve sem atender a todas as reivindicações da categoria. A reunião foi acompanhada por mais de dois mil profissionais da rede estadual do Rio de Janeiro.

Na decisão do governo estava a liberação do aumento salarial. No entanto, não foram considerados outros fatores, como o tempo de serviço, o que afeta os vencimentos de parte dos professores que trabalham há mais tempo.

“Esse decreto fere a lei do plano de carreira dos professores. Não é justo igualar todos os salários dos profissionais, disse a representante sindical dos profissionais da educação, Mariana Moreira, em entrevista à imprensa.”

Além da atualização dos salários dos professores, o SEPE-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) também está exigindo o piso de outros funcionários das escolas, como merendeiras, serventes e porteiros.

Em nota oficial, a Secretaria de Educação afirmou que vai garantir o aumento salarial e que, desde 2021, o governo tem feito investimentos de quase um bilhão em benefícios.

Entenda o que está sendo reivindicado pelos professores no RJ

No último boletim do SEPE-RJ foram postadas as reivindicações principais que serão negociadas com o Governador.

  • Aplicação do piso salarial do magistério (a partir do nível 1)
  • Não ter desconto dos dias de greve
  • Aplicação do piso para aposentados e área administrativa
  • Abono das faltas por greve
  • Um terço extraclasse
  • Disciplinas com dois tempos ou mais no ensino médio
  • Revogação de decreto que prejudica plano de carreiras
  • Melhores condições de trabalho
  • Abertura de concurso público e contratações de profissionais

Até o momento, a greve dos professores do Estado do Rio de Janeiro não foi interrompida. Uma nova assembleia geral foi marcada para o dia 21 de junho na Quadra São Clemente; na sequência, acontecerá um ato público.

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