Quanto Ganha um Diplomata? O que faz e como se tornar
O salário de um diplomata brasileiro depende do avanço do profissional na carreira. Confira o salário de um diplomata, o que faz esse servidor público e como se tornar um.
O que faz um diplomata?
O diplomata é o servidor público que representa e promove os interesses brasileiros em outros países. Ele fortalece os laços de cooperação do Brasil com os parceiros externos e presta assistência aos brasileiros que estão no exterior.
Ao longo da carreira, um diplomata trata de assuntos diversos que podem envolver o Brasil internacionalmente, como direitos humanos, promoção da cultura brasileira, meio ambiente, energia, educação, paz, segurança, promoção e cooperação comercial, temas financeiros, cooperação para desenvolvimento e cooperação educacional.
Ao diplomata também é designada a função apoiar os brasileiros que estão em viagem, e organizar o sistema de eleições no exterior, para que os brasileiros que estejam vivendo em outros países possam votar.
Principais atividades desenvolvidas pelos diplomatas brasileiros
- Representar o Brasil perante outros países e organizações internacionais;
- Contribuir para o desenvolvimento da política externa brasileira;
- Participar de reuniões internacionais e negociar em nome do Brasil;
- Promover o comércio exterior brasileiro e atrair turismo e investimentos;
- Divulgar a cultura e os valores do povo brasileiro;
- Prestar assistência consular aos nacionais brasileiros no exterior.
Onde o diplomata trabalha?
O profissional pode trabalhar no Brasil ou em outros países.
Em território nacional, eles desempenham funções no Itamaraty, que fica em Brasília ou em escritórios regionais.
No exterior, os diplomatas brasileiros exercem atividades em embaixadas e consulados, que são as representações do país em nações estrangeiras.
O diplomata também pode participar de missões internacionais em diferentes países e ocupar cargos em agências especializadas da Organização das Nações Unidas (ONU).
Como ser um diplomata?
Não há um curso específico para se tornar diplomata. Quem tem interesse na carreira não precisa ser formado em Relações Internacionais, Direito ou Economia, mas sim ter uma graduação em qualquer curso superior. O que importa mesmo é ser aprovado no concurso público realizado pelo Instituto Rio Branco (IRBr).
O órgão está ligado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), mais conhecido como Itamaraty, e é responsável pelo curso de formação, treinamento e aperfeiçoamento de diplomatas brasileiros.
Como é concurso público para a carreira de diplomata?
O concurso público para diplomata, conhecido como Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD), é organizado anualmente pelo Itamaraty em parceria com o Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UNB).
Exigências para ser diplomata
- b) ser brasileiro (a) nato;
- c) estar no gozo dos direitos políticos;
- d) estar em dia com as obrigações eleitorais
- e) estar em dia com as obrigações do Serviço Militar, no caso dos candidatos do sexo masculino;
- g) ter idade mínima de 18 anos;
- h) apresentar aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo, verificada por meio de exames pré-admissionais.
- f) apresentar diploma de conclusão de curso de graduação de nível superior, emitido por universidade brasileira reconhecida pelo Ministério da Educação.
Faz-se necessário “Apresentar diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior, emitido por instituição de ensino credenciada pelo Ministério da Educação (MEC).
No caso de a graduação ter sido realizada em instituição estrangeira, caberá exclusivamente ao candidato a responsabilidade de apresentar, até a data da posse, a revalidação do diploma exigida pelo MEC, nos termos do artigo 48 da Lei nº 9.394/1996.
Inscrições para a prova de diplomata
A inscrição para a prova deve ser feita exclusivamente online. Após preencher a ficha de inscrição, é necessário escolher uma das 27 cidades brasileiras onde realizará a avaliação (26 capitais dos estados, além de Brasília) e pagar a taxa que, em 2018, foi de R$ 230. A prova é aplicada em três fases.
Como é a prova para diplomata?
A primeira fase é uma prova objetiva composta por 73 questões, cada uma com quatro itens para julgamento em certo ou errado. Vale ressaltar que cada questão marcada em discordância com o gabarito irá anular uma questão marcada corretamente.
Nessa etapa são cobrados conhecimentos de Língua portuguesa (10), Língua inglesa (9), História do Brasil (11), História mundial (11), Política internacional (12), Geografia (6), Noções de economia (8), e Noções de direito e direito internacional público (6).
A segunda etapa do concurso consiste em uma prova escrita de língua portuguesa e inglesa para os 260 candidatos que obtiverem as melhores notas na prova objetiva.
Na terceira fase o candidato tem quatro horas de três dias para discorrer sobre os conteúdos:
- História e Geografia do Brasil
- Política internacional e noções de economia
- Noções de direito e direito internacional público, língua espanhola e língua francesa.
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Quantas vagas para diplomata o Instituto Rio Branco oferece?
Depende de cada concurso. No mais recente, em 2018, o CACD disponibilizou 26 vagas para os interessados na carreira de diplomata.
Somente os melhores colocados que preenchem o limite do número de vagas podem se matricular no Curso de Formação do Instituto Rio Branco, e finalizar o curso é essencial para a confirmação do servidor como diplomata.
O Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata é realizado anualmente desde 1946.
Qual é a concorrência para diplomata?
A concorrência para a carreira de diplomata é bastante grande. Em 2018 foram 5.294 inscritos, de acordo com dados divulgados pela banca organizadora Cebraspe. O que equivale a 2013 concorrentes por vaga.
Quanto ganha um diplomata brasileiro?
O candidato aprovado é considerado um diplomata em formação na carreira de Terceiro-Secretário.
No concurso de 2018, o salário inicial para essa posição era de R$ 18.517.83 mais auxílio alimentação de R$ 458, para o ano de 2019 esse valor foi ajustado para R$ 19.199,06.
A medida que o diplomata avança na carreira ele passa a ganhar mais. Confira abaixo os cargos de promoção para diplomata e os rendimentos para as posições para o ano de 2019.
- Terceiro-Secretário – R$ 19.199,06
- Segundo-Secretário – R$ 21.226,79
- Primeiro-Secretário – R$ 22.802,63
- Conselheiro – R$ 24.500,44
- Ministro de Segunda Classe – R$ 26.319,29
- Ministro de Primeira Classe (Embaixador) – R$ 27.368,67
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