Quanto você precisa ganhar por mês para ser considerado classe média no Brasil?

Brasil volta a ter maioria de sua população na classe média, segundo pesquisa da Tendências Consultoria, com rendas crescentes em 2024.

A classe média brasileira voltou a predominar em 2025. Segundo a Tendências Consultoria, mais de 50% dos brasileiros têm renda mensal acima de R$ 3,4 mil. Esse marco não era alcançado desde 2015, destacando um crescente poder aquisitivo.

A divisão social, que não se relaciona diretamente com a pobreza, permite entender melhor o potencial de consumo individual. A pesquisa foi baseada em dados de 2024. Essa avaliação difere de outros estudos que analisam desigualdades financeiras.

A PNAD Contínua, do IBGE, é responsável por coletar dados sobre níveis de pobreza no Brasil. Ela oferece um panorama periódico da situação econômica das famílias brasileiras, complementando outros estudos.

Evolução da classe média em 2024

Foto: Shutterstock

Em 2024, a economia brasileira apresentou sinais de recuperação. Com isso, a classe média voltou a crescer. De acordo com a pesquisa, 50,1% da população está nas classes C, B ou A, enquanto 49,9% se encontra nas classes D e E.

A classe C foi a que mais se destacou, representando 31% dos brasileiros. Esse crescimento foi impulsionado, principalmente, pela elevação de 9,5% na renda do trabalho. Tal incremento reforça a capacidade de consumo e investimento dessa faixa.

Distribuição de renda na classe média

Na classe média, a renda mensal é diversificada. A classe C apresenta rendimentos entre R$ 3,4 mil e R$ 8,1 mil. Enquanto isso, na classe B, a renda varia de R$ 8,1 mil a R$ 25,2 mil. Já a classe A tem renda superior a R$ 25,2 mil.

  • Classe A: renda superior a R$ 25,2 mil
  • Classe B: renda entre R$ 8,1 mil e R$ 25,2 mil
  • Classe C: renda entre R$ 3,4 mil e R$ 8,1 mil
  • Classe D e E: renda até R$ 3,4 mil

Desafios da pobreza e desigualdade

Apesar do crescimento da classe média, desafios persistem. O IBGE aponta que 58,9 milhões de brasileiros ainda vivem na pobreza. Desses, 9,5 milhões estão em extrema pobreza, embora seja o menor número desde 2012.

Para o professor Helio Zylberstajn, da FEA-USP, a solução passa pelo investimento em educação. Ele destaca a forte relação entre educação e renda como ponto crucial para reduzir desigualdades. A educação é vista como caminho essencial para um futuro mais igualitário.

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