Quantos banhos devemos tomar por dia? Médico faz revelação inusitada
Médico desafia conceitos tradicionais sobre a frequência de banhos, com implicações para a saúde da pele e economia pessoal.
A pele é o maior órgão do corpo humano, fundamental na proteção contra agentes externos. No entanto, o doutor James Hamblin, médico especializado em saúde pública e professor em Yale, levanta questões sobre a necessidade dos banhos frequentes.
Ele propõe uma reflexão sobre os hábitos de limpeza, desafiando a crença popular de que banhos diários são essenciais para manter a saúde.
Nos Estados Unidos, o mercado de produtos de beleza e cuidados pessoais movimenta bilhões anualmente, com consumidores buscando soluções para a pele e cabelo.
Hamblin, ao lado do correspondente da CNN Sanjay Gupta, explora se esse consumo elevado é realmente necessário ou apenas uma questão de preferência pessoal. Seu livro “Clean, The New Science of Skin” aborda essa questão e destaca experiências pessoais relacionadas ao tema.
A experiência pessoal que desafia normas
Por cinco anos, Hamblin realizou um experimento pessoal, reduzindo a frequência dos banhos e explorando diferentes produtos e rotinas.
No entanto, ele enfatiza que não passou todo esse período sem se lavar; mas sim, adotou uma abordagem mais minimalista. Seu objetivo era compreender até que ponto a higiene pessoal impacta na saúde.
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O papel do microbioma da pele
A pesquisa de Hamblin revela a importância do microbioma da pele, uma comunidade de microrganismos que interage com nosso corpo.
Manter esse equilíbrio é crucial, pois o uso excessivo de sabonetes e banhos frequentes pode perturbar essa harmonia, potencialmente agravando condições como acne e eczema.
Diferença entre limpeza e higiene
Limpeza e higiene são conceitos distintos. A higiene visa prevenir doenças, enquanto a limpeza está mais ligada à estética pessoal.
Para Hamblin, a necessidade de ensaboar-se diariamente está mais ligada à preferência pessoal do que a uma exigência de saúde.
Qual a quantidade ideal de banhos por dia?
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o recomendado é que os indivíduos tomem pelo menos um banho por dia. Já ouviu aquele ditado que diz que tudo em excesso faz mal? Assim acontece com a quantidade de produtos, como sabonetes, óleos e até buchas, que usamos em nosso corpo.
Higiene de forma exagerada, por exemplo, pode ocasionar o ressecamento da pele e a remoção de sua proteção natural. O resultado disso também inclui processos inflamatórios.
Como o marketing influencia o comportamento
- O marketing molda a percepção do que consideramos necessário para nossa higiene.
- As mensagens impactam nossa visão sobre a frequência e os produtos usados nos banhos.
- Durante a pandemia, a higienização intensiva ganhou destaque, mas a conscientização sobre o microbioma está crescendo novamente.
Hamblin sugere que a escolha dos produtos deve basear-se no que funciona para cada indivíduo, sem se deixar influenciar por análises médicas superficiais feitas por fabricantes.
A pandemia trouxe uma pausa no interesse pelo microbioma da pele, mas as tendências atuais indicam um retorno ao reconhecimento de sua importância.
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