Ferramenta de reconhecimento de emoções da Microsoft não será mais usada
O recurso foi duramente criticado por profissionais de saúde.
Você já ouviu falar do reconhecimento de emoções da Microsoft? O software Azure Face, que é alimentado através da inteligência artificial (IA), foi criado para reconhecer a emoção de uma pessoa a partir de vídeos e fotos. Contudo, a empresa anunciou que vai aposentar este recurso. Entenda as razões!
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Reconhecimento de emoções da Microsoft
Ativistas e acadêmicos levantaram preocupações durante anos, alegando que um software de reconhecimento facial que se diz capaz de identificar sexo, idade e estado emocional de um ser humano pode ser bastante tendencioso, não confiável e invasivo – e, por essa razão, não deve ser vendido.
A ferramenta da Microsoft foi alvo de críticas por trivializar o tal “reconhecimento de emoções”. De acordo com os especialistas, as expressões faciais tidas como universais pelo aplicativo são diferentes a depender das populações, portanto, não é possível igualar as demonstrações externas de emoção com sentimentos mais profundos.
Natasha Crampton, diretora responsável pela ferramenta de IA, escreveu em um post com o anúncio da notícia que especialistas tanto de dentro quanto de fora da empresa apontaram a falta de consenso científico a respeito da definição de emoções, assim como os problemas de resultados generalizados.
A Microsoft já parou de oferecer os recursos de reconhecimento de emoções para os novos clientes. Porém, para aqueles que já faziam uso do serviço, o acesso deverá ser revogado até junho de 2023.
O acesso à ferramenta ainda será permitido em alguns casos
A ferramenta ainda poderá ser utilizada em algumas situações. A partir de agora, os usuários vão precisar se inscrever para fazer uso do Azure Face, informando à Microsoft como, onde e para qual fim os sistemas serão usados.
Dessa forma, os casos de uso que apresentarem potencial menos prejudicial (como rostos desfocados automaticamente em vídeos e imagens, por exemplo) vão permanecer com acesso disponível.
A decisão de descontinuar o uso indiscriminado da ferramenta faz parte de uma longa revisão das políticas de ética em relação às inteligências artificiais da Microsoft. Ademais, a empresa pretende limitar o acesso de alguns outros recursos, assim como remover completamente outros de sua lista de aplicativos.
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