Redatores do Gizmodo ficam insatisfeito com uso de IA para produzir textos

A Inteligência Artificial (IA) tem se destacado como uma ferramenta poderosa, capaz de realizar tarefas complicadas e impressionantes. Porém, a interação entre IA e conteúdo nem sempre resulta como o esperado.

Isso foi evidenciado recentemente em um incidente envolvendo a franquia cinematográfica de ‘Star Wars’ e um famoso site americano, o Gizmodo.

Uso de Inteligência Artificial na produção de conteúdo

Em busca de explorar novas possibilidades na produção de conteúdo, o Gizmodo decidiu experimentar a inclusão de produções feitas por ChatGPT e Google Bard em seus artigos e publicações.

O editor-chefe do site, empolgado com as perspectivas da IA, optou por empregar as ferramentas no mesmo dia em que foram disponibilizadas.

Entretanto, a empolgação inicial logo se dissipou quando um texto produzido por um bot foi publicado, abordando a ordem cronológica das séries e filmes de ‘Star Wars’.

Os resultados deixaram a desejar, e os redatores do site ficaram profundamente insatisfeitos com o uso da tecnologia para produzir  conteúdos tão relevantes.

(Imagem: Divulgação)

Utilizar IA trouxe consequências insatisfatórias  

A falta de revisão do texto gerado por IA foi um dos principais pontos de preocupação. Os profissionais identificaram 18 falhas, informações imprecisas e questões a serem corrigidas. Tais preocupações foram prontamente comunicadas em um e-mail enviado ao editor-chefe.

Além disso, os conteúdos escritos pelas IAs não se mostraram coerentes o suficiente. A série ‘Star Wars: The Clone Wars’ foi erroneamente posicionada em uma ordem incorreta, e outras produções significativas, como ‘Andor’, foram omitidas.

O uso de IA para redigir textos gerou uma onda de insatisfação entre os funcionários da G/O Media, a empresa proprietária do Gizmodo. Os colaboradores consideraram essa abordagem como desrespeitosa em relação aos jornalistas e uma ameaça à reputação e credibilidade do site.

A ausência do envolvimento da equipe editorial na publicação do artigo gerado por IA agravou ainda mais a situação, deixando claro que a tecnologia, por mais avançada que seja, não pode substituir completamente o toque humano no processo criativo e editorial.

Esse episódio serve como um alerta para o uso da Inteligência Artificial na produção de conteúdo e destaca a importância da revisão e supervisão humana em processos automatizados.