Regiões marinhas estão à beira da seca devido ao aquecimento de oceanos, dizem cientistas
Em 2023, o El Niño provocou o maior aumento de temperatura já registrado na história. As consequências são relatadas por especialistas.
No vasto panorama dos fenômenos naturais, o El Niño surge como uma figura conhecida, aquecendo os mares e desencadeando uma notável metamorfose das temperaturas oceânicas.
No entanto, os contornos dessa história se iniciaram de forma mais intensa do que os prognósticos antecipavam.
A magnitude desse fenômeno nos leva a considerações mais preocupantes, levantando a possibilidade de que algumas regiões possam enfrentar um destino de extrema aridez, com um desolador esgotamento das fontes hídricas.
A temperatura oceânica atingiu um novo recorde em 2023
Os registros do Copernicus, plataforma especializada em clima e questões ambientais, evidenciaram um marco: em julho, a temperatura da superfície dos oceanos alcançou um pico histórico, atingindo a marca de 20,96 ºC.
Tal observação encontra eco nos resultados obtidos pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), que também corrobora esses padrões semelhantes.
(Imagem: Copernicus/Reprodução)
A análise do cenário é intrigante, pois o El Niño de 2016 desencadeou o último recorde, o qual já foi superado.
O episódio atual do fenômeno também não completou sua fase crucial e permanece distante do ápice previsto, o que suscita uma consideração intrigante: a possibilidade concreta de registros ainda mais elevados.
A mudança de temperatura nas águas oceânicas, por sua vez, desencadeia uma série de impactos em várias espécies.
Essa alteração térmica se traduz em movimentos migratórios, potencialmente extinções, a chegada de invasores em habitats anteriormente não ocupados e, evidentemente, geram danos consideráveis para a indústria pesqueira.
Em um cenário de maior gravidade, as regiões mais impactadas correm o risco de assumir características de desertos genuínos.
Por isso, a escassez de água pode atingir proporções alarmantes, podendo até mesmo culminar na completa eficiência dos recursos hídricos.
Em situações extremas, mesmo quando a água persiste, há o risco iminente de que a vida marinha seja interrompida por completo naquela área.
É importante ressaltar que estamos abordando possibilidades extremas, em que a degradação ambiental atinge níveis críticos e disruptivos.
Também é crucial enfatizar que um número significativo de pessoas e comunidades depende do comércio marítimo, de modo direto ou indireto, com atividades que abrangem desde a pesca até outras formas de sustento. Esse fato lança um alerta ainda maior sobre o assunto, que é de interesse global.
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