Restaurante japonês expulsa clientes que usam o celular enquanto comem

No estabelecimento, que é especializado em lámen, a ordem principal é comer rápido e sair logo. Nada de ficar perdendo tempo no celular!

No Japão, é comum encontrar restaurantes onde a prática de comer rapidamente e deixar o local logo em seguida é utilizada, sobretudo em estabelecimentos especializados em lámen, uma espécie de macarrão instantâneo que ficou famoso no mundo inteiro. 

Com essa premissa em mente, o empresário Kota Kai, proprietário da casa de lámen Debu-chan, em Tóquio, adotou uma abordagem mais rigorosa e começou a cronometrar o tempo que os clientes levavam para terminar suas refeições. 

O restaurante Debu-chan, cujo nome significa “gordinho”, em japonês, já tem quase cinco anos de história na cidade de Tóquio.

De acordo com a CNN, que teve acesso em primeira mão a esse caso, o dono do restaurante percebeu que os clientes que mais demoravam para começar a comer eram aqueles que passavam tempo demais usando o celular na mesa.

Com base nessa observação, ele decidiu tomar uma atitude para “proibir” que seus clientes desperdicem tempo em dispositivos móveis em vez de aproveitar a refeição.

A decisão de banir clientes viciados em smartphones começou a valer no mês de março. Essa ação radical, que foi idealizada pelo próprio Kota Kai, gerou opiniões divergentes e se tornou um tema bastante discutido nas redes sociais japonesas.

Na tentativa de explicar as suas motivações, Kota falou à CNN. “Uma vez, em que estávamos lotados, notamos que um cliente demorou quatro minutos para começar a comer seu prato”, disse ele.

O empresário disse ainda que, enquanto a pessoa observada via vídeos no celular, o seu prato de lámen esfriava bem à sua frente.

Um tipo de lámen especial

Ainda segundo a reportagem da CNN, o hábito de comer rápido não é adotado em todos os restaurantes de lámen. Contudo, o tipo de macarrão instantâneo servido no Debu-chan é especial, definido até como uma “comida criada para pessoas impacientes”.

Segundo Kota Kai, o macarrão utilizado no preparo do lámen servido em seu restaurante é ainda mais fino que o convencional. Em decorrência disso, após alguns minutos o macarrão esfria e a sua textura passa a não mais estar adequada para o consumo. 

Por causa disso, o ato de demorar mais de quatro minutos para iniciar a degustação é algo considerado uma ofensa gastronômica no Japão.

O Debu-chan tem um espaço reduzido, tendo capacidade para apenas 33 pessoas. Isso faz com que frequentemente criem-se filas com mais de 10 pessoas aguardando um lugar durante os horários de pico. 

Essa situação é mais um ponto de gatilho para as reclamações de Kota Kai. “Quando todos os lugares estão ocupados e eu vejo clientes parando de comer para dar atenção aos seus smartphones, eu peço para eles pararem com isso”, afirmou o empresário. 

Vale ressaltar que não há qualquer aviso afixado nas paredes informando que os procrastinadores serão advertidos, já que Kota prefere abordar individualmente cada pessoa.

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