Retorno do programa Bolsa Verde trará investimentos para comunidades tradicionais da Amazônia
De acordo com o Governo Federal, a nova fase do programa irá alcançar cerca de 30 mil famílias que vivem em comunidades tradicionais.
Nesta segunda-feira (5) a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, anunciou o retorno do programa Bolsa Verde. O comunicado se tornou público durante evento comemorativo do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto.
O programa Bolsa Verde será restabelecido com o objetivo de fornecer subsídios financeiros às famílias que residem em comunidades tradicionais da Amazônia e em áreas de reservas.
Segundo a ministra Marina Silva, durante a coletiva com jornalistas, as famílias que vivem em áreas de reserva extrativista e comunidades tradicionais da Amazônia receberam uma assistência financeira do governo como reconhecimento pelos serviços prestados na proteção do meio ambiente.
Ela ressaltou que aproximadamente 80% das florestas protegidas globalmente estão sob a responsabilidade dessas comunidades. O programa Bolsa Verde busca promover o papel essencial dessas comunidades na preservação dos serviços ecossistêmicos.
Bolsa Verde estará de volta após 6 anos de inatividade
Em 2017, durante o governo de Michel Temer, o Bolsa Verde foi encerrado pelo Governo Federal. A criação do programa aconteceu em 2011 durante a gestão de Dilma Rousseff.
Sob o programa original, as famílias em situação de extrema pobreza que viviam em áreas de proteção ou reservas e comprovavam práticas de produção sustentável recebiam pagamentos trimestrais de R$ 300.
No novo formato do programa assistencial, as famílias que já recebem outros benefícios, como o Bolsa Família, também serão elegíveis para receber o recurso adicional. Ainda não se sabe ao certo, mas possivelmente o repasse continuará sendo trimestral, isto é, a cada três meses.
Marina Silva enfatizou que essa inclusão deve ser pelo reconhecimento do modo de vida dessas famílias e pelo papel que desempenham na preservação dos biomas brasileiros.
De acordo com o projeto do Governo, a intenção futura é ampliar o programa para abranger também as comunidades tradicionais que residem em outros biomas, como a Mata Atlântica e o Cerrado.
Comentários estão fechados.