Revisão do FGTS pode garantir até R$ 1.400 para os trabalhadores
O Supremo Tribunal Federal deu início ao julgamento que vai decidir sobre a correção do FGTS, podendo beneficiar os trabalhadores.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um benefício social voltado para quem trabalha com carteira assinada, funcionando como uma proteção financeira em caso de demissão sem justa causa.
Mensalmente, o trabalhador deposita no Fundo de Garantia cerca de 8% do próprio salário, que ficar sob responsabilidade da empresa em resguardar os direitos.
Em casos de demissão sem justa causa, desastres naturais ou na compra da casa própria, o trabalhador brasileiro pode sacar o valor total ou parcial do FGTS. Sendo 8% do valor mensal, tendo como base o salário mínimo atual, por R$ 1.302, o valor depositado no Fundo é de R$ 104,1 por mês.
No entanto, o saldo depositado não recebeu a correção mediante a inflação atual e utiliza uma taxa que não corresponde às necessidades atuais do trabalhador. Nessa linha de pensamento, o partido político Solidariedade levou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a ação que solicita a revisão do Fundo de Garantia.
Supremo Tribunal Federal analisa correção de taxa
A Taxa Referencial (TR) é responsável pela rentabilidade do valor que está parado na conta poupança do FGTS, e a ação viabiliza substituir a TR que está em defasagem. O STF deu início ao julgamento no último dia 20 e dará prosseguimento na próxima quinta-feira, 27.
O relator do processo no STF é o ministro Luís Roberto Barroso e este tem defendido a troca da Taxa Referencial para garantir que os trabalhadores tenham acesso à rentabilidade na poupança do Fundo de Garantia. Ainda que a notícia seja boa, a ação não prevê que haja o pagamento dos retroativos.
Caso o STF decida atualizar a porcentagem, os valores anteriores não vão receber a rentabilidade da nova taxa, sendo válida apenas para os valores contados a partir da decisão. Embora muitos trabalhadores estejam ansiosos para a correção retroativa, com a taxa perdida ao longo dos anos, a proposta continua sendo viável.
A partir da nova taxa, o trabalhador passaria a ter acesso a mais de R$ 1.400 após 10 anos do FGTS na poupança, como informou o assessor de investimentos Michael Viriato.
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