Revolucionário: pesquisadores dos EUA desenvolvem rim bioartificial; confira
De acordo com a equipe de cientistas, o desenvolvimento do rim artificial tem como objetivo facilitar cirurgias de transplante e reduzir a fila de espera por órgãos doados.
Uma pessoa pode precisar de um transplante quando seus órgãos ou tecidos estão funcionando de maneira insuficiente ou foram danificados a ponto de comprometer gravemente sua saúde e/ou qualidade de vida.
Por isso, os transplantes são uma opção de tratamento quando outras intervenções médicas não conseguem resolver o problema subjacente.
Quando um órgão vital, como o coração, os pulmões, o fígado, os rins ou o pâncreas, não está funcionando adequadamente devido a doenças crônicas, lesões graves ou disfunções congênitas, um transplante pode ser a única opção para prolongar a vida.
Contudo, nem sempre esse processo é fácil. Em vista disso, os cientistas continuam estudando alternativas para facilitar as cirurgias de transplante.
Nesse sentido, pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), nos Estados Unidos, estão imersos em um projeto de vanguarda no campo da medicina.
Trata-se do desenvolvimento de um rim artificial que, em perspectiva, poderá proporcionar aos pacientes a liberdade da necessidade de diálise ou transplantes de órgãos de doadores humanos.
Pesquisadores desenvolvem rim bioartificial
Em um estudo divulgado em 29 de agosto no periódico Nature Communications, pesquisadores UCSF detalham que o dispositivo que eles criaram depende de um biorreator contendo diversas células renais para imitar as funções celulares cruciais do organismo humano.
Essas funções incluem a capacidade de reabsorver água e solutos, liberar hormônios e regular a pressão sanguínea. Para proteger essas células, elas são encapsuladas por membranas de silício no órgão artificial.
Esta é uma medida que visa evitar que o sistema imunológico do paciente ataque o implante. Os cientistas têm como objetivo integrar esse biorreator com um dispositivo que auxilie na filtração do sangue do receptor.
Nesse sentido, a medida segue um processo semelhante ao utilizado na diálise. Além disso, o coautor da pesquisa e professor no Departamento de Bioengenharia e Ciências Terapêuticas da UCSF, Shuvo Roy, afirma que a ideia central é reproduzir com segurança as funções do rim.
O rim bioartificial tem o potencial de não apenas aprimorar a eficácia do tratamento das doenças renais, mas também torná-lo consideravelmente mais suportável e confortável para os pacientes.
(Foto: Steve Babuljak/UCSF/divulgação)
Os primeiros testes com o rim artificial em porcos foram bem-sucedidos, demonstrando mais de 90% de viabilidade e funcionalidade das células, juntamente com a expressão gênica normal ou elevada e ativação de vitamina D após sete dias.
No entanto, a equipe ainda precisa conduzir mais testes antes de prosseguir com experimentos em humanos, de acordo com os requisitos da Food and Drug Administration (FDA), a agência federal de saúde dos Estados Unidos.
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