Rocha e R$ 5 milhões era peso de porta na Romênia

Quando queremos manter uma porta aberta, sem bater por conta do vento, uma das soluções é usar uma pedra para evitar batidas, foi isso o que fez uma senhora no interior da Romênia.

No entanto, o que ela, moradora no sudeste do país europeu, não sabia, é que tinha um verdadeiro tesouro em sua casa.

Tal rocha de 3,5 quilos, na verdade, vale mais de R$ 5 milhões, de acordo com uma reportagem do jornal espanhol El País.

A pedra aleatória que a mulher encontrou há mais de 30 anos e colocou para segurar a porta se trata do âmbar, formada por resina de árvores de milhões de anos muito raras.

Na Romênia, esse material aparece com um pouco mais de frequência, especialmente na Vila de Colti, no interior do país.

Pedra apareceu no leito de um riacho

Detalhe da pedra valiosa na Romênia – Imagem: Museu do Condado de Buzau

Ainda sem imaginar que estaria levando um tesouro para casa, a senhora romena encontrou a pedra no leito de um riacho, de forma despretensiosa.

Embora o âmbar seja facilmente reconhecido como algo de muito valor, a mulher não tinha esse conhecimento e não sabia o que levaria para casa.

Desde a década de 1920, a extração de âmbar é muito comum na Romênia, principalmente às margens do Rio Buzau.

Com o tom avermelhado, essa rocha preciosa é conhecida como rumanita, em alusão ao país, que tem abundância do produto.

Inclusive, um fato curioso aconteceu nos anos em que esse âmbar serviu como suporte para segurar a porta: um grupo de criminosos tentou roubar a casa, em busca de joias e bens de valor, mas não conseguiu.

Na saída da casa, eles também não perceberam que estavam diante de algo de valor milionário. Assim, a pedra se manteve como encosto de porta na residência.

Família descobre relíquia

Apenas em 1991, após a idosa falecer, um dos herdeiros da casa percebeu que a rocha era, na verdade, o âmbar milionário.

Assim, vendeu o produto para o governo romeno, que na época ainda vivia a transição do regime comunista para o período capitalista atual.

O material foi avaliado por especialistas do Museu de História de Cracóvia, na vizinha Polônia. Segundo os estudiosos, a pedra em questão teria cerca de 70 milhões de anos.

A pedra preciosa está guardada no Museu Provincial de Buzau desde 2022, mesma região onde a moradora a encontrou e é tida como um tesouro nacional da Romênia.