Rússia se projeta como nova potência em microchips, desafiando EUA e China

Conflito tecnológico promete tornar Rússia em um grande rival dos EUA e China.

A corrida pela liderança na indústria de microchips está se aquecendo, com a Rússia emergindo como um novo concorrente no cenário internacional.

Nos últimos anos, o conflito tecnológico entre os Estados Unidos e a China tem sido amplamente noticiado, com ambas as nações buscando enfraquecer a posição uma da outra. No entanto, agora outros atores, como Coreia do Sul e Taiwan, também estão se destacando na competição.

Dada a importância crítica da indústria de microchips, que movimenta bilhões de dólares e desempenha um papel fundamental no avanço de áreas promissoras, como a inteligência artificial, mais regiões estão buscando envolver-se no setor.

Rússia está sendo ousada

A Rússia, em particular, está tomando medidas ousadas para fortalecer sua presença na indústria de semicondutores. Além de sua intenção declarada de adquirir equipamentos avançados dos EUA por meio de canais alternativos, o governo russo planeja investir US$ 38 bilhões no desenvolvimento de sua indústria de chips.

Nesse sentido, o país está consideravelmente atrasado em relação a outras potências tecnológicas. O objetivo da Rússia é produzir chips de 14 nm até 2030, um feito ambicioso considerando que, atualmente, especialistas estimam que o país é capaz de produzir chips de 130 nm.

Consequentemente, isso posiciona a Rússia bem atrás de países como Taiwan e Coreia do Sul, que já produzem chips de 3 nm e estão explorando a fabricação de semicondutores de 2 nm.

Para alcançar essa meta, a Rússia planeja desenvolver chips de 28 nm até 2027 e, até 2030, avançar para chips de 14 nm. De certa forma, isso pode parecer desafiador, especialmente considerando a necessidade de desenvolver sua própria tecnologia de litografia ultravioleta extrema.

No entanto, a indústria tecnológica é conhecida por sua capacidade de mudança rápida e inesperada. Por fim, os russos pretendem investir US$ 38 bilhões no desenvolvimento de equipamentos de litografia, na formação de pessoal e no marketing, na esperança de alcançar essa ambiciosa meta na próxima década.

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