Cientistas querem recriar em laboratório o extinto Tigre-da-Tasmânia
Espécie extinta em 1930 pode voltar a ser encontrada na natureza após projeto multimilionário com cientistas australianos e estadunidenses.
Um projeto multimilionário com pesquisadores biólogos da Austrália e dos Estados Unidos tem como objetivo utilizar células-tronco e tecnologia de edição genética para ”ressuscitar” o Thylacinus cynocephalus. O último animal dessa espécie morreu na década de 1930. Saiba mais sobre o projeto de pesquisa e o processo de recriação do tigre-da-Tasmânia.
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Desextinção do tigre-da-Tasmânia
O projeto, criado pela Universidade de Melbourne, na Austrália, tem como objetivo trazer de volta à vida a espécie extinta de tigre-da-Tasmânia, a partir de células tronco de uma espécie marsupial que possui código genético semelhante, alterando os genes com o uso de biotecnologia de ponta. A previsão é que, em 10 anos, o primeiro filhote desextinto de tigre-da-Tasmânia nasça.
Objetivo da pesquisa e histórico
Os australianos já possuem interesse em reviver esta espécie há alguns anos. Extinta há praticamente um século, desde 1999 os pesquisadores do Museu Australiano possuem projetos para a clonagem do animal ou reconstrução do DNA viável das amostras ainda existentes.
Assim, o projeto da Universidade de Melbourne conquistou o interesse da empresa Colossal, que possui sede no Texas, EUA. Juntos, eles comandam uma pesquisa multimilionária para reviver a espécie e, com isso, chamar atenção mundial para as conquistas e para a importância da biotecnologia associada à preservação do equilíbrio bioecológico.
Histórico de perseguição ao marsupial
A população de tigres-da-Tasmânia diminuiu exponencialmente desde a chegada dos humanos à Austrália, há milhares de anos. A segunda queda progressiva da população desses animais se deu após o aparecimento dos dingos, uma espécie de cão selvagem que competia pelo mesmo habitat.
Devido a isso, a população mais densa do marsupial se concentrava na ilha da Tasmânia. Daí vem o nome tigre-da-Tasmânia. Além disso, o apelido de ”tigre” se dá pois eles possuíam listras nas costas – porém, eles são mamíferos australianos, não tigres de fato.
Os humanos adeptos da caça perseguiram esses mamíferos até que eles foram extintos. O último tigre-da-Tasmânia que se tem notícias vivia em cativeiro e morreu em 1936, no Zoológico de Hobart, também na Austrália.
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