Cientistas desvendam relação entre insônia e mal de Alzheimer
A ligação entre o sono desregulado e os casos de Alzheimer está relacionada à atuação de células imunes do nosso corpo. Veja mais!
Um novo estudo feito por cientistas nos Estados Unidos pode ser o começo para o desenvolvimento de um novo tipo de tratamento para o mal de Alzheimer. A publicação, feita na revista científica PLoS Genetics, indica uma relação entre o sono e o mal de Alzheimer. Portanto, acordar de forma constante durante a madrugada seria um dos primeiros sinais do desenvolvimento da doença, que pode surgir anos antes dos demais.
No entanto, o que os pesquisadores ainda não tinham conhecimento era de como a síndrome e o sintoma tinham ligação em nível fisiológico. Por isso, Jennifer Hurley, autora do estudo, se propôs a investigar melhor o caso usando células em laboratório.
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Desvendando os mecanismos da doença
Antes de qualquer informação, é necessário saber que, no cérebro de indivíduos com Alzheimer, existe o acúmulo de uma certa proteína chamada beta-amiloide. Essa substância pode estar associada, inclusive, com o aparecimento e agravamento da doença.
Contudo, o que os estudiosos puderam observar é que há uma célula imune em nosso organismo capaz de eliminar esses corpos estranhos. Além disso, tal célula defensora do cérebro trabalha em ritmo circadiano, ou seja, em horários específicos do dia.
Ademais, os cientistas ainda perceberam que as células imunes promoviam a degradação da beta-amilase por meio da atuação do heparán sulfato proteoglicano. Essa molécula é responsável pelo controle de processos inflamatórios do nosso corpo.
Novas perspectivas terapêuticas
Os resultados da pesquisa geram novas perspectivas de tratamento para a doença. Uma vez que, se for possível, por exemplo, manter os níveis diários de purificação das proteínas através desse mecanismo, o avanço da doença pode ser regido.
“Entender como nossos ritmos circadianos podem regular os níveis de heparán na superfície celular para controlar o acúmulo de beta-amiloide pode levar ao desenvolvimento de medicamentos que aliviam os sintomas da doença de Alzheimer, bem como outras doenças inflamatórias”, diz Hurley, em nota publicada na revista científica.
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