Salário mínimo 2025: por que o valor ainda não foi decidido e quais as expectativas?

Governo busca aprovação de projeto de lei que pode elevar o salário mínimo para R$ 1.517 no próximo ano.

Em 2025, o salário mínimo no Brasil poderá ter um aumento expressivo caso o Congresso Nacional aprove o Projeto de Lei 4614/2024. A proposta faz parte do pacote de redução de gastos públicos proposto pelo governo federal.

O texto inclui a adaptação do piso salarial às regras do arcabouço fiscal, que prevê um aumento real das despesas entre 0,6% e 2,5% ao ano, garantindo um ganho maior que a inflação. Esse mecanismo visa controlar o aumento desordenado dos gastos públicos.

Dessa forma, o valor para o próximo ano representaria um acréscimo de R$ 105 em relação ao piso salarial de 2024, alcançando R$ 1.517.

Cabe lembrar que a regra atual prevê uma correção também baseada no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. Segundo a norma vigente, o salário mínimo poderia alcançar R$ 1.528 em 2025, um acréscimo de R$ 116 em relação ao valor atual.

Impacto social e econômico do reajuste no salário mínimo

O reajuste do salário mínimo afeta não apenas os trabalhadores que recebem o piso, mas também diversos benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e as aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Com a aprovação do projeto, a expectativa é de que esse aumento seja superior ao previsto na Lei Orçamentária Anual, de R$ 1.509, mas inferior ao que seria caso seguisse a regra atual.

Até novembro de 2024, a inflação acumulada medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) estava em 4,84%. Essa taxa é utilizada como base para reajustes do salário mínimo e de benefícios sociais, reforçando a importância de uma política de aumento que acompanhe o custo de vida da população.

Pela nova regra, mesmo que a inflação avance mais, o aumento ficaria limitado a um teto de 2,5%.

Com a possível aprovação do PL 4614/2024, o governo busca equilibrar as finanças públicas e, ao mesmo tempo, proporcionar ganhos reais ao trabalhador brasileiro, fortalecendo assim o poder de compra e a economia do país.

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