Se você tinha ESTE tipo de sonho na infância, pode ter demência nos próximos anos
Pesquisa publicada no The Lancet correlacionou este tipo de sonho em até 85% à doença de Parkinson e à demência.
Muita gente ainda acredita que certas doenças começam a aparecer com semanas ou meses de antecedência. Entretanto, sabe-se que algumas enfermidades poder começar a “nascer” no corpo humano ainda na infância, com hábitos de alimentação, exercícios físicos e mentais. É o caso da demência, cuja raiz pode estar ainda na infância.
Conforme uma pesquisa publicada no The Lancet, um tipo muito específico de sonho pode estar correlacionado em até 85% com ao aparecimento de demência e da doença de Parkinson. De acordo com os cientistas, ter pesadelos recorrentes ou terrores noturnos pode estar na raiz destas enfermidades após os 50 anos.
O artigo usou dados do British Birth Cohort Study de 1958. Na análise, há informações – cedidas pelas mães dos pacientes – que relatam sonhos angustiantes em crianças dos sete as 11 anos, entre 1965 a 1969.
Das 6.991 crianças cujos dados estão na pesquisa, 267 desenvolveram alguma doença cognitiva após os 50 anos de idade. Desta forma, em comparação com aquelas que tiveram experiências oníricas “saudáveis”, 85% tiveram alguma enfermidade.
Na vida adulta também!
Adultos também podem ter pesadelos – sabemos que você está concordando de leve aí do outro lado da tela. O artigo relembrou outra pesquisa, publicada anteriormente, que aponta que adultos com sonhos angustiantes semanais têm um risco dobrado de desenvolver Parkinson ou demência.
Mas como os pesadelos e sonhos angustiantes na infância estão ligados à demência?
Há três possíveis hipóteses. A primeira delas é de que este tipo de sonho na infância já pode ser uma manifestação precoce das doenças cognitivas.
Isso porque estes sonhos podem ser resultado de neurodegeneração nas regiões frontais direitas do cérebro. São elas que regulam as emoções negativas durante o sono Rapid Eye Movement (REM).
A segunda hipótese é de que fatores genéticos predispõem as pessoas a terem pesadelos e a terem demência ou Parkinson. E, por fim, a terceira teoria dá conta de que estes sonhos podem ser um fator de risco “casual” para o comprometimento cerebral.
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