Secretários pedem revogação do Novo Ensino Médio no Brasil; entenda o motivo

Representantes da Educação de todo o Brasil levaram um documento pedindo a revogação do Novo Ensino Médio ao Ministério da Educação.

Secretários estaduais de Educação entregaram, juntos, uma proposta de readequação do Novo Ensino Médio ao Ministério da Educação (MEC). O ato aconteceu nesta segunda-feira (3) e pede a revogação total do modelo que institui a nova forma de praticar o ensino básico.

Os especialistas chamaram essa proposta de “completamente inviável”. Todo o processo de solicitação foi transmitido online nas redes sociais e outras plataformas.

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O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) se reuniu e levou o documento ao MEC, além disso, solicitou algumas mudanças, como a oferta do ensino médio noturno, educação de jovens e adultos (EJA) e também para estudantes de ensino médio do campo, quilombolas, indígenas, jovens ribeirinhos, jovens com deficiência e outros públicos não hegemônicos.

Novo Ensino Médio e melhor infraestrutura

Além das mudanças relacionadas ao ensino médio, os secretários também demandam melhorias na infraestrutura das escolas.

De acordo com o documento levado ao MEC no início da semana, é preciso estabelecer alguns parâmetros mínimos que atendam às necessidades de tantos cenários diferentes dentro do ambiente escolar.

“Quaisquer parâmetros mínimos de qualidade devem ser estabelecidos a partir de um plano nacional de investimentos suficientes para alcançá-los, estruturado em regime de colaboração”, diz o documento, que teve trechos divulgados pela Agência Brasil.

Além disso, vale destacar que os estados brasileiros e o Distrito Federal são responsáveis pela maior parte das matrículas do ensino médio.

Do total de 7,9 milhões de matrículas nessa etapa de ensino registradas pelo Censo Escolar 2022, as secretarias estaduais de Educação são responsáveis por 84,2%, atendendo a 6,6 milhões de alunos na rede pública.

Proposta polêmica

O Novo Ensino Médio foi previsto em uma lei aprovada no ano de 2017. De acordo com ela, parte dos componentes curriculares serão comuns aos estudantes, sendo regidos pela Base Nacional Comum Curricular (BCC). Contudo, a outra parte da formação será escolhida pelo próprio aluno.

Entre as opções está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas.

Desde o último dia 15 de junho está aberta a Consulta Pública para Avaliação e Reestruturação da Política Nacional do Ensino Médio, que visa justamente saber o que a sociedade pensa sobre a proposta.

A consulta pode ser atendida até a próxima quinta-feira (6), e, para participar, qualquer pessoa pode entrar em contato pelo WhatsApp oficial disponibilizado para esse fim.

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