Segundo novo estudo, a Covid-19 extensa pode levar a danos nos órgãos

Estudos confirmam que a Covid-19 longa pode levar ao comprometimento dos órgãos do paciente.

O Office for National Statistics mostrou que mais de 1,2 milhões de pessoas no Reino Unido relataram viver com Covid por cerca de 12 meses ou mais. Muitos estudos já feitos, confirmaram que os sintomas podem persistir em pessoas com a Covid longa por mais um ano após o seu período de infecção. Abaixo falaremos mais sobre as sequelas da COVID-19 após a infecção pelo vírus SARS-CoV-2.

As sequelas deixadas após a infecção prolongada do vírus da Covid-19

A Covid-19 longa pode ocorrer independentemente das pessoas estarem ou não muito doentes quando contraíram o vírus.

Existem evidências comprovadas do comprometimento dos órgãos nas pessoas que foram internadas por estarem com Covid-19. Em um estudo mais recente publicado no Journal of the Royal Society of Medicine, um médico e seus colegas de trabalho analisaram os possíveis danos aos órgãos em pacientes com COVID longa.

Os resultados indicaram que a maioria dos pacientes analisados não foram gravemente afetados quando tiveram Covid inicialmente. Porém, eles identificaram danos aos órgãos em 59% dos participantes cerca de um ano após os sintomas iniciais do vírus.

Após um conjunto de varreduras, foi descoberto que cerca de 331 participantes (62%) tiveram danos nos órgãos após a infecção do vírus.

Danos como o comprometimento do fígado, pâncreas, coração e rins foram os mais comuns, afetando 29%, 20%, 19% e 15% dos participantes. Esses 331 participantes do estudo foram acompanhados por seis meses depois através de uma nova ressonância magnética.

Foi descoberto também que de três em cada cinco dos participantes do estudo original (59%) chegaram a apresentar comprometimento em pelo menos um órgão de seu corpo, um ano após a infecção, enquanto pouco mais de um em cada quatro (27%) apresentou comprometimento em dois ou mais órgãos.

O que realmente é a Covid longa?

O termo “long COVID” (Covid longa), é utilizado para descrever sintomas pós-Covid que persistem por 12 semanas ou mais. Os efeitos da infecção por Covid em pessoas que não foram hospitalizadas, não foram caracterizados, portanto, foram considerados insignificantes.

A grande maioria das pessoas infectadas com a Covid-19 percebeu uma melhora dos sintomas da infecção em questão de alguns dias ou semanas após seu início.

Mas também é importante saber que: em média, entre 10% a 20% dos pacientes infectados pelo vírus da Covid-19 apresentam os sintomas de Covid longa, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Além disso, no Brasil, um estudo da Fiocruz identificou que cerca de 50% das pessoas infectadas com Covid-19 apresentaram sintomas pós-infecção. Esses sintomas podem incluir fadiga, falta de ar e problemas mentais e o comprometimento de alguns órgãos.

Os sintomas podem ser os mesmos sintomas sentidos durante o período de infecção, mas também podem ser sintomas novos, não experimentados antes durante o período de infecção.

Porém, a condição pode afetar cada pessoa de uma maneira diferente, os sintomas da Covid longa podem desaparecer e voltar novamente.

Ainda não há teste específico para identificar a Covid longa. É preciso relatar os sinais e sintomas a um profissional da saúde para que novos exames possam ser realizados para identificar o problema.

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