Seu celular é falsificado? Cuidado, ele pode ter vindo com um malware instalado

Malware Triada, embutido em celulares falsificados, afeta cerca de 20 mil usuários no Brasil.

A Kaspersky, renomada empresa de cibersegurança, emitiu um alerta sobre uma nova ameaça para os usuários de smartphones Android falsificados. Um malware que é uma versão avançada do trojan Triada está pré-instalado nesses dispositivos, atingindo cerca de 20 mil usuários no Brasil.

Essa descoberta evidencia como a tecnologia, se por um lado oferece soluções inovadoras, por outro, possibilita golpes cada vez mais sofisticados. O malware opera de forma invisível, concedendo aos hackers controle total sobre os aparelhos afetados.

A empresa destacou que este não é um problema exclusivo do Brasil. Além do país, a Rússia, Cazaquistão, Alemanha e Indonésia também registraram casos significativos de ataque pelo Triada.

Histórico e evolução do malware Triada

Foto: Shutterstock

O trojan Triada não é uma novidade para os especialistas em segurança digital. Sua primeira detecção ocorreu em 2016 e, desde então, vem evoluindo.

Com privilégios de nível de sistema, ele executa fraudes, sequestra autenticações por SMS e evita detecções.

Em 2023, foram registradas 17 mil ocorrências no Brasil, um número que subiu para 35 mil em 2024. Mais de 20 mil usuários foram afetados nos últimos dois anos, segundo dados da Kaspersky.

Impacto e ameaças

O malware Triada se destaca por estar embutido na estrutura do sistema dos dispositivos falsificados, permitindo uma série de atividades maliciosas. Isso inclui roubo de contas, redirecionamento de chamadas e manipulação de mensagens.

As atividades maliciosas do Triada incluem:

  • Roubo de contas e mensagens de aplicativos de redes sociais.
  • Envio e exclusão de mensagens em aplicativos como WhatsApp e Telegram.
  • Substituição de endereços de carteiras de criptomoedas.
  • Redirecionamento de chamadas telefônicas.

Preocupações e medidas de proteção

Segundo especialistas em cibersegurança, o mercado inundado de smartphones falsificados facilita a ação do Triada. A nova versão explora falhas na cadeia de suprimentos, canalizando criptomoedas roubadas para carteiras dos invasores.

A Kaspersky afirma que suas soluções já detectam essa variante como Backdoor.AndroidOS.Triada.z. A empresa enfatiza a necessidade de precaução ao adquirir dispositivos, evitando aqueles de origem duvidosa.

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