Taxa de natalidade do Japão é a mais baixa desde 2005
De acordo com o Ministério da Saúde japonês, o país está com as menores taxas de natalidade em quase 20 anos.
O Japão enfrenta uma crise demográfica preocupante, com sua taxa de natalidade caindo pelo sétimo ano consecutivo em 2022, atingindo um nível recorde.
Segundo o Ministério da Saúde do gigante asiático, a sensação de crise se intensifica à medida que a população do país diminui e envelhece rapidamente.
Para se ter uma ideia, apenas no ano passado o Japão enfrentou uma queda de 5% no número de recém-nascidos, atingindo o patamar mais baixo já registrado, com um total de 770.747 nascimentos.
Ao mesmo tempo, o país testemunhou um aumento alarmante de 9% no número de mortes, alcançando um recorde de 1,57 milhão de óbitos, de acordo com os dados disponíveis.
De acordo com a análise divulgada no último dia 26, a taxa de fertilidade, que representa o número médio de filhos nascidos por mulher ao longo da vida, foi de 1,2565. Essa taxa é inferior à baixa anterior registrada em 2005, que era de 1,2601.
Estão nascendo cada vez menos crianças no Japão
O novo registro está significativamente abaixo da taxa de 2,07, considerada necessária para manter uma população estável. A situação evidencia os desafios que o Japão enfrenta em relação ao declínio populacional e ao envelhecimento da sociedade.
O primeiro-ministro Fumio Kishida reconhece a gravidade da redução da taxa de natalidade e a tornou uma prioridade máxima para o governo. Mesmo diante dos desafios financeiros, o governo está comprometido em tomar medidas para reverter essa tendência preocupante.
Durante uma visita a uma creche, Kishida ressaltou a importância de agir rapidamente para reverter a tendência de diminuição dos nascimentos no Japão.
Ele destacou que a população jovem está destinada a diminuir drasticamente a partir da década de 2030, tornando o período atual a última chance de enfrentar esse desafio demográfico.
Com o objetivo de apoiar os pais e incentivar o aumento da taxa de natalidade, o governo planeja destinar um investimento anual de 3,5 trilhões de ienes (US$ 25 bilhões) em cuidados infantis e outras iniciativas.
Além dessas problemáticas, o primeiro-ministro destacou que a pandemia de covid-19 agravou ainda mais os problemas demográficos do país. Menos casamentos nos últimos anos resultaram em menos nascimentos, enquanto o vírus em si foi parcialmente responsável por um aumento nas taxas de mortalidade.
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