Telescópios captam erupção solar atingindo Terra, Lua e Marte ao mesmo tempo; veja

A comunidade científica registrou, pela primeira vez na história, uma erupção solar que atingiu os dois países e a lua. O evento é um marco na astronomia.

Em um acontecimento astronômico excepcional, um fenômeno conhecido como “ejeção de massa coronal” ocorreu em outubro de 2021, lançando uma vasta quantidade de plasma solar em direção à Terra.

Essa ocorrência, que libera partículas gasosas carregadas provenientes da superfície solar, pode impactar os sistemas de comunicação da Terra, quando interage com o campo magnético do nosso planeta.

Detalhes do evento

(Imagem: Pixabay/Reprodução)

O acontecimento foi detalhadamente estudado por pesquisadores ao longo dos últimos dois anos, e os resultados dessas análises foram recentemente publicados no periódico científico Geographical Research Letters.

A peculiaridade da ocorrência cósmica reside na sincronia com que as partículas solares atingiram não apenas a Terra, mas também a Lua e Marte, simultaneamente.

As informações sobre essa simultaneidade foram obtidas através de sondas e equipamentos espaciais, com destaque para o rover Curiosity Mars, da NASA, e o ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO), da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

Tais dispositivos possibilitaram uma visão mais clara e abrangente do fenômeno, fornecendo dados preciosos para a compreensão do impacto do vento solar nos campos magnéticos e superfícies dos planetas envolvidos.

Esse evento cósmico foi o 73º registrado desde 1940 e representa um avanço importante no entendimento da interação entre o Sol e os planetas do sistema solar.

É notável que a Terra, protegida por seu campo magnético, pôde conter os efeitos mais nocivos dessa ejeção de massa coronal, enquanto a Lua e Marte, desprovidos dessa defesa magnética, experimentaram impactos mais diretos.

O fenômeno também revelou as características únicas de Marte, embora o planeta vermelho não tenha um campo magnético tão forte quanto a Terra.

Isso significa que ele possui uma atmosfera que desacelera as partículas radioativas, minimizando os danos causados por eventos solares desse tipo.

Implicações dessa descoberta

É essencial compreender os impactos das erupções solares não apenas para a pesquisa científica, mas também para futuras explorações espaciais e missões tripuladas.

Jingnan Guo, principal autor do estudo, enfatiza a importância dessas descobertas para o desenvolvimento de medidas de proteção em futuras missões humanas, particularmente aquelas direcionadas à superfície lunar.

Embora a simultaneidade não tenha sido exata devido às distâncias envolvidas e à limitação da velocidade da luz, esse registro histórico permanecerá como um testemunho da intrincada rede de fenômenos que moldam nosso sistema solar.

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