Os cientistas supõem que uma grande explosão espalhou inúmeros fragmentos de uma massa compacta de matéria pelo Universo há cerca de 10 a 20 bilhões de anos. Eles acreditam que esses fragmentos estejam se movendo até hoje pelo Universo e por isso poderíamos dizer que o Universo está em contínua expansão. Essa explosão é conhecida como Teoria do Big Bang. Os fragmentos liberados na explosão eram muito quentes e à medida que tornavam-se um pouco mais frios, os átomos de muitos elementos químicos teriam sido formados, como os de hidrogênio e os de hélio.
Segundo a Teoria do Big Bang, o Sol teria surgido entre 5 a 10 bilhões de anos atrás e o calor liberado pelo Sol teria acontecido por causa das grandes compressões por forças de atração gravitacional que a matéria formadora do astro rei sofria. Essas compressões fizeram com que a matéria entrasse em ignição e liberado calor. Isso propiciou o aparecimento de outros elementos, derivados do hélio e do hidrogênio. Os planetas, inclusive a Terra, teriam se originado da fusão de elementos que o Sol liberava com grande quantidade de poeira e gases.
Existe uma pergunta que ainda hoje inquieta cientistas de todo o mundo: como surgiu a vida em nosso planeta? Muitas hipóteses já foram sugeridas para solucionar essa questão. Por volta da década de 30, um cientista russo chamado Oparin, sugeriu que uma mistura de gases (metano, amônia, gás hidrogênio) e vapor d’água formava a atmosfera do nosso planeta. Essa atmosfera foi continuamente atingida por relâmpagos e atravessada por raios ultravioletas do Sol, até que houve a quebra de algumas moléculas e, consequentemente, a síntese de alguns compostos orgânicos. Esses compostos orgânicos foram levados até os oceanos primitivos pelas fortes tempestades que abatiam sobre nosso planeta na época e lá se combinaram formando moléculas mais complexas até que essas se modificaram que passaram a capturar a energia do Sol.
O filósofo Aristóteles acreditava que vários materiais, sob condições favoráveis, poderiam originar vida, podiam ser: luz do Sol, lodo, material em decomposição, etc. Para ele, existiam alguns princípios vitais que determinariam o surgimento de vida mesmo a partir de substâncias inanimadas, a chamada origem da vida por geração espontânea ou abiogênese. A teoria da abiogênese foi predominante até meados do século XIX. Um médico belga, chamado Van Helmont, lançou uma receita para o surgimento de seres vivos através de matéria inanimada: em uma caixa colocar uma camisa suja, germe de trigo e esperar 21 dias, decorrido esse período, nasceriam camundongos. Para Van Helmont, o princípio ativo, nesse caso, era o suor humano na camisa.
O experimento de Redi
Em contrapartida dessa teoria da abiogênese, surgiram teorias que afirmam que uma vida só pode ser gerada a partir de uma preexistente, conhecida como a teoria da biogênese. O biólogo italiano Francesco Redi foi o primeiro a tentar, experimentalmente, desmistificar a teoria da abiogênese. Ele provou que larvas em carnes e cadáveres em decomposição só apareciam se estas estivessem contaminadas com minúsculos ovos depositados por insetos que pousaram ali anteriormente. Usando frascos de boca larga e pedaços de carne em putrefação ele conseguiu refutar a teoria da abiogênese.
No primeiro frasco ele colocou a carne e selou a boca com uma tampa, não apareceram larvas. No segundo frasco havia um pedaço de carne e o frasco ficou aberto, surgiram larvas que depois se transformaram em insetos. No terceiro frasco também havia o pedaço de carne e este foi vedado com uma gaze fina. Não apareceram larvas, mas os insetos foram atraídos e pousaram na gaze.
O experimento de Pasteur
Louis Pasteur foi um estudioso francês extremamente importante pra a ciência. Ele acabou de vez com a ideia da geração espontânea. Ele preparou um caldo nutritivo e colocou em dois tipos de frascos: um com pescoço longo e reto e outro com pescoços longos e curvados em forma de cisne. Os dois frascos foram deixados abertos, deixando o ar entrar livremente dentro deles. Só apareceram microrganismos no caldo do frasco de pescoço reto pois os curvados depositavam nas curvas os microrganismos, deixando o caldo estéril.
Denisele Neuza Aline Flores Borges
Bióloga e Mestre em Botânica
Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.