Tubarão – Características, espécies, alimentação e curiosidades
Popularmente conhecido como o "rei dos mares", o tubarão é um animal que exerce certo fascínio nas pessoas, seja por suas características físicas ou força predatória histórica.
O tubarão é um tipo de peixe inserido na família do condrictes (Chondrichthyes), ou seja, classe dos animais que possuem o esqueleto formado em sua maior parte por cartilagem.
Considerado um animal pré-histórico, o tubarão é comumente temido por banhistas em razão da fama de serem agressivos e violentos.
Entretanto, é importante ressaltar que a maioria das espécies não se enquadram nesse estereótipo de monstro dos mares.
Características do tubarão
A principal característica do tubarão é sua composição óssea. Da família dos condrictes, tem sua formação esquelética composta por cartilagem, sendo mais flexível e leve que o ósseo. Isso o ajuda a se locomover mais rápido pelos mares.
Além disso, sua respiração é feita por meio de fendas branquiais, num total de cinco a sete, localizadas nas laterais do corpo.
A anatomia de um tubarão é sofisticada e complexa. Como exemplo, podemos citar as peculiaridades das suas escamas. Diferentemente dos peixes comuns, o animal é constituído por escamas placóides, os chamados dentículos dérmicos, que se sobrepõem e formam sua pele.
Essa estrutura é composta de dentina e por esmalte de alta resistência, que auxilia na redução do atrito com a água e melhorando sua performance hidrodinâmica.
A arcada dentária é uma outra característica peculiar presente nos tubarões. Ela geralmente é formada por uma fileira de dentes serrilhados, bastante afiados e trocados periodicamente, constituindo sua principal ferramenta de ataque e obtenção de alimentos.
Alguns cientistas acreditam que os tubarões são limitados quando o assunto é visão.
Com um alcance de apenas 2 a 3 metros, ou de 15 metros com um grau menor de definição, o animal dispõe de uma pupila que varia entre circular e oval, além de uma camada reflexiva. Isso permite com que ele consiga enxergar em ambientes de pouca luminosidade, como por exemplo em áreas de águas turvas e muito profundas.
Em relação ao olfato, o rei dos mares sai na frente. Eles conseguem identificar inúmeras substâncias diluídas na água, como captar a presença de uma gota de sangue em um raio de 300 metros.
Outros órgãos fundamentais para sua sobrevivência nos mares são as linhas laterais e as chamadas “ampolas de Lorenzini”.
As primeiras trabalham como sensores que captam vibrações de média e longa frequência, além das mudanças de temperatura e pressão da água. Essas linhas também auxiliam na percepção de obstáculos e na presença de possíveis predadores.
As ampolas de Lorenzini são poros que estão localizados ao redor da cabeça do tubarão. Eles atuam como receptores sensíveis à pressão da água, salinidade e temperatura, além de ajudar a detectar os batimentos cardíacos de peixes e outros animais.
Esse órgão também auxilia o animal durante o período de migração em mar aberto, tudo graças ao campo eletromagnético da Terra que serve como guia durante o processo.
Outra característica importante a ser mencionada é que os tubarões são seres ovíparos, ovovivíparos ou vivíparos, ou seja, além de botar ovos ou retê-los em seu oviduto, eles também são capazes de desenvolver seu filhote no interior do útero.
Espécies de tubarão mais conhecidas
Acredita-se que existam mais de 465 espécies de tubarão habitando os oceanos ao redor do mundo. Dentre esse número, estima-se que 88 estão presentes na costa brasileira.
Alguns dos espécimes mais conhecidos são:
Tubarão-branco(Carcharodon carcharias): A mais conhecida espécie de tubarão no mundo, podendo atingir seis metros de comprimento durante os 70 anos médios de vida. Está presente praticamente por todo os mares e oceano do globo, inclusive tendo aparecido nas costas brasileiras. Alimenta-se de outros peixes, tartarugas e pinguins e foca. Sua caça indiscriminada acontece para a retirada de suas barbatanas, muito utilizada no preparo de sopas.
Tubarão-martelo (Sphyrna): Proveniente das espécies do gênero Sphyrna, sua principal característica é apresentar a cabeça achatada. Essa anatomia auxilia o animal a se locomover e a visualizar melhor suas presas. Possui subespécies que variam de tamanho.Como por exemplo os zygaena, que chegam a atingir 5 metros e pesar mais de 400kg.
Tubarão-baleia(Rhincodon typus): Apresenta a cabeça achatada e o corpo robusto, atingindo a fama de maior espécie de tubarão do mundo. Umas das sua características mais notáveis é a coloração das suas escamas: mais escuras e com manchas claras. Sua forma de alimentação acontece por meio da filtração. Ao abrir a boca, recolhe boa parte de peixes e plânctons presentes na água. Podem atingir mais de 20 metros e pesar por volta de 35 toneladas.
Do que se alimentam os tubarões?
A alimentação do tubarão varia de acordo com cada espécie. O tubarão-branco que, apesar da fama de comedor de gente, possui uma dieta voltada para o consumo de peixes e animais de grande porte como as focas e leões marinhos. Entram também na lista as tartarugas marinhas, crustáceos, como os caranguejos e as lagostas, além de cardumes de peixes, pássaros marinhos e moluscos.
No caso dos tubarões-baleia, a alimentação da espécie fica por conta de pequenos peixes e de plâncton, por meio do processo de filtração da água do mar.
Já o tubarão-tigre tem como principal forma de alimento cobras-do-mar, albatrozes e tartarugas marinhas.
Curiosidades sobre os tubarões
- Os tubarões não usam os dentes para mastigar, pois o formato serrilhados tem a função de destroçar o alimento em pequenos pedaços.
- A média de vida de um tubarão é de 20 a 45 anos. Exceto os tubarões-brancos que chegam à incrível marca dos 70 anos.
- Por incrível que pareça, os tubarões não têm o hábito de atacar ostensivamente suas presas. Geralmente, as investidas acontecem devido o hábito da “mordida teste”, que é quando atacam sua presa para ver se é comida. Caso seja algo diferente do que estão acostumados, acabam deixando para trás. Isso explica o fato de que muitas das vítimas acabam sobrevivendo aos ataques.
- Por meio do olfato apurado, os tubarões conseguem sentir a presença de uma gota de sangue dissolvida em até 1000 litros de água.
- Mesmo sendo considerado um animal sexuado, algumas espécies de tubarões conseguem se reproduzir sozinhas, de maneira assexuada. Em um zoológico nos Estados Unidos, um tubarão-martelo fêmea conseguiu esse feito sem a ajuda de um tubarão macho. O nome desse processo de reprodução é denominado de partenogênese.
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