Um túnel australiano emite um brilho azulado no escuro

Em uma pequena cidade na Austrália, um túnel ferroviário brilha em sua própria escuridão, em uma tonalidade azulada. Localizado em Helensburgh, em New South Wales, este túnel de somente 624 metros de comprimento, chamado de Metropolitan Tunnel, atua agora como uma atração turística, tendo em vista esse forte brilho que emite de maneira natural.

Quem visita o Metropolitan, hoje em dia, pode se espantar com a beleza do espetáculo de luzes e brilhos emitidos por ele, mas tudo isso tem uma explicação relativamente simples e até mesmo um pouco óbvia.

A história do túnel começa em 1889, quando foi fundado como parte do caminho da primeira estação de trem de Helensburgh, sendo utilizado basicamente para transportar o carvão extraído das minas locais. Passado um tempo de sua inauguração, algumas ampliações e alterações dos caminhos ferroviários deixaram o túnel obsoleto, que foi fechado em 1915 e ficou praticamente abandonado até os anos 1990.

Com todo esse tempo sem interferência da humanidade, a natureza tomou conta do local, até que, no ano 1995, as autoridades decidiram pela limpeza do interior do túnel. Quando a equipe de limpeza chegou, entretanto, foram surpreendidos com as belíssimas luzes azuis que brilhavam na escuridão do túnel.

Entretanto, conforme mencionado anteriormente, é claro que o material com que o túnel foi construído não tinha nenhuma capacidade de brilhar ou nada do tipo. Trata-se de insetos bioluminescentes que decidiram estabelecer ali uma das maiores colônias do país.

Dessa maneira, o que antes era o Metropolitan Tunnel, agora é o Helensburgh Glow Worm Tunnel, traduzido como “Túnel dos Vaga-lumes de Helensburgh”. Esses insetos se estabelecem no escuro, utilizando suas “lâmpadas” naturais para atrair presas, e, nesse caso, milhares de turistas por ano.

Entretanto, em virtude dessa grande movimentação de turistas, a natureza que tornou o lugar no que é hoje passou a ser ameaçada, de maneira que as visitações foram controladas e reduzidas no ano de 2019, visando proteger os insetos, que estavam sofrendo com a presença humana, luzes e flashes excessivos.