Unicamp 2023: análise de foto de cotistas visa reduzir banca para verificar veracidade

Universidade tem como principal objetivo tornar o processo mais ágil. Comissão de averiguação usará exclusivamente o fenótipo como critério.

A Unicamp tem um projeto de reduzir pela metade a demanda de trabalho da banca responsável por verificar a autodeclaração de candidatos pretos e pardos que optam por cotas no vestibular 2023, a partir da análise de fotos dos candidatos, que serão registradas pela comissão organizadora (COMVEST) durante a segunda fase do processo de seleção. A medida foi anunciada na última segunda-feira, 1º de agosto, durante a abertura do período de inscrições, onde a universidade tem como principal objetivo tornar o processo mais ágil.

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A declaração da Unicamp, a qual instituiu a abertura de uma comissão de averiguação, diz que ela poderá usar exclusivamente o critério fenotípico para aferir a condição declarada pelos candidatos às vagas reservadas. “Fenótipo nada mais é que um conjunto de características visíveis do indivíduo, onde predominantemente, a cor da pele, textura do cabelo e o formado do rosto, nas quais se forem combinadas ou não, permitirão validar ou até mesmo invalidar a condição étnico racial que está sendo afirmada pelo candidato para os fins matrícula na Unicamp”, informou a Universidade em nota.

Segundo Freitas Neto, diretor da COMVEST, não será possível que o candidato apresente uma foto e por conta disso acabe avaliando apenas imagens registradas pela comissão. Entre algumas vantagens, ele avaliou a qualidade da captação nos dois dias de prova, em ambiente com o mesmo tipo de iluminação e utilizando o mesmo equipamento.

Na edição deste ano do vestibular, 1.513 candidatos foram convocados para participar da averiguação. Deste montante, 1 mil compareceram e, no grupo, 91,9% tiveram as autodeclarações validadas.

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