Vale-alimentação de 2025 traz benefícios extras para quem trabalha

Em 2025, o cenário dos benefícios alimentares no Brasil começa a passar por uma transformação significativa. Entre as principais propostas, destaca-se a portabilidade dos saldos dos vales, uma inovação que promete alterar profundamente a forma como os trabalhadores utilizam esse recurso no dia a dia.

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A medida permitirá que os valores não utilizados nos cartões de vale-refeição ou vale-alimentação possam ser transferidos para outras operadoras, escolhidas de acordo com as condições mais vantajosas — como maior cobertura de estabelecimentos credenciados, menores taxas de administração e benefícios adicionais. A expectativa é que essa mudança impulsione a concorrência entre as empresas de benefícios, elevando a qualidade dos serviços prestados.

Além disso, sindicatos e empregadores precisarão revisar cláusulas dos acordos coletivos para se adaptar à nova realidade. Embora esses benefícios não sejam obrigatórios pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), muitos trabalhadores têm acesso a eles graças a negociações sindicais, que estabelecem valores mínimos, regras de concessão e até exigem a inclusão dos vales como parte do pacote trabalhista.

Outro ponto relevante nesse processo de modernização é o papel do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Criado em 1976, o PAT oferece incentivos fiscais às empresas que fornecem alimentação aos funcionários, permitindo a dedução parcial dos custos no Imposto de Renda. Mais do que isso, garante que os valores pagos a título de alimentação não sejam considerados como salário, livrando os empregadores de encargos adicionais — desde que as regras do programa sejam rigorosamente seguidas.

Para manter o caráter indenizatório do benefício, o valor deve ser destinado exclusivamente à alimentação do trabalhador e preferencialmente disponibilizado por meio de cartões eletrônicos, o que oferece rastreabilidade e segurança jurídica às empresas.

Com esse novo panorama, as companhias precisam se preparar estrategicamente. Isso envolve analisar os contratos com fornecedores de vale, revisar os acordos trabalhistas e avaliar os custos e benefícios do PAT. O apoio de contadores, advogados especializados em direito do trabalho e profissionais de recursos humanos será fundamental para evitar riscos legais e garantir que as mudanças sejam implementadas com eficiência.

Por outro lado, os trabalhadores comemoram. Com maior liberdade para escolher onde e como utilizar seu benefício, a portabilidade representa um avanço em termos de poder de decisão e valorização do colaborador. A descentralização do controle dos vales pode ainda contribuir para um uso mais eficiente dos recursos, refletindo diretamente no bem-estar e na motivação das equipes.

Mais do que uma simples adequação normativa, essas mudanças marcam um passo importante para modernizar as relações de trabalho no Brasil. Empresas que se anteciparem às atualizações sairão na frente, tanto na retenção de talentos quanto na construção de ambientes organizacionais mais saudáveis e produtivos.