Reajuste nas farmácias: valor de medicamentos devem subir neste mês

O índice de reajuste anual de preços de medicamentos ainda será anunciado, mas já se pode esperar pelo aumento.

De acordo com a projeção do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), divulgada na última segunda-feira, 27, os preços dos medicamentos no Brasil devem subir até 5,6% a partir de abril. O índice de reajuste anual de preços de medicamentos ainda vai ser anunciado.

Isso porque ele precisa ser calculado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão ligado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o indicador oficial da permanência no Brasil, utilizado pelo Banco Central para o controle e monitoramento da política econômica do país.

Ele é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mede a variação dos preços de um conjunto de bens e serviços consumidos pelas famílias brasileiras.

A fórmula do reajuste dos medicamentos se baseia também no IPCA acumulado em 12 meses até fevereiro de cada ano.

“Esse índice de reajuste repõe as perdas com a inflação e os aumentos de custos de produção. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada entre o período de março de 2022 e fevereiro de 2023 é de 5,6%”, afirma o Sindusfarma.

O órgão justificou que o último ano foi bastante atípico para a indústria farmacêutica. Isso porque os efeitos persistentes da pandemia de SARS-CoV-2 afetaram a produção e impulsionaram os preços de IFAs (insumos farmacêuticos ativos, cotados em dólar).

Por esse motivo, mesmo reajustando preços pelo índice autorizado ou sendo obrigadas a reduzir descontos em alguns produtos, várias indústrias farmacêuticas fecharam o balanço de 2022 com margens reduzidas, de acordo com a entidade.

No entanto, além do IPCA, a recomposição anual da tabela de Preços Máximos ao Consumidor (PMC) de medicamentos é calculada também por fórmula estabelecida pela CMED.

Esta, por sua vez, considera a produtividade da indústria farmacêutica e os custos de produção não captados pelo IPCA, como variação cambial, tarifas de eletricidade e variação de preços de insumos.

O órgão interministerial responsável pela regulação do mercado de remédios no Brasil se reúne na sexta-feira, 31, para definir o novo reajuste.

De acordo com a lei, o reajuste a ser aplicado nos preços de cerca de 13 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro vale a partir de 31 de março de cada ano.

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