Vão voltar? Anvisa está analisando se libera ou não os cigarros eletrônicos no Brasil
Polêmicos, os famosos vapes são apontados como extremamente nocivos para a saúde.
À medida que se popularizou em todo o mundo, sobretudo entre os mais jovens, o cigarro eletrônico também se tornou tema de muitas polêmicas. Em especial, a falta de regulamentação desse produto e a incerteza quanto às substâncias que o compõem geram dúvidas em autoridades médicas e sanitárias.
Como forma de controlar a circulação dos populares vapes no mercado nacional e ter tempo para análises mais aprofundadas, em 2009 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu proibir a fabricação e a comercialização dos cigarros eletrônicos no país.
Numa reviravolta inesperada, a Anvisa decidiu recentemente rever as proibições em torno do cigarro eletrônico, que, ao que parece, está sendo “liberado” ao redor do mundo. Entenda melhor a seguir!
(Imagem: divulgação)
O vape pode ser seguro?
De acordo com uma pesquisa realizada recentemente pelo King’s College da Inglaterra, a pedido do Ministério da Saúde de lá, os cigarros eletrônicos são 20 vezes menos prejudiciais do que os cigarros normais.
Entretanto, isso não é suficiente para classificar o vape como um produto seguro, pois contém várias substâncias potencialmente letais em sua composição.
Por outro lado, tanto no Reino Unido quanto em dezenas de outros países, os cigarros eletrônicos são utilizados como substitutos para o cigarro convencional e, dessa maneira, auxiliam nos esforços daqueles que desejam parar de fumar.
Para se ter uma ideia, segundo as autoridades de saúde do Reino Unido, o percentual de fumantes ativos no país deve ser reduzido a 5% até 2030, muito por causa do uso do vape.
De qualquer forma, o uso do vape na Inglaterra e em outros países só é possível por causa de uma forte regulamentação que foi feita para controlar sua fabricação e comercialização.
Assim, fica claro que a revisão iniciada pela Anvisa tem como objetivo entender se é realmente possível utilizar o cigarro eletrônico “para o bem”.
Como forma de balizar essa decisão, a agência abriu uma consulta pública que tem como objetivo saber a opinião dos cidadãos brasileiros sobre isso. Em entrevista à CNN, Antônio Barra Torres, atual diretor-presidente da entidade, explicou a consulta.
“A consulta pública, dependendo da contribuição que venha, de um fato novo, ou de algum teor que seja considerado bastante relevante, até mesmo a orientação inicial de uma minuta pode ser alterada. Então o caso não está decidido. Será decidido após a consulta pública, após as análises das contribuições em uma outra reunião da diretoria colegiada”, disse.
A consulta foi disponibilizada no último dia 12 de dezembro e terá validade até 12 de fevereiro. Para conferir o documento e mais detalhes sobre esse assunto, acesse o site oficial da Anvisa.
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